Alba estuda retorno de atividades presenciais para 2ª quinzena de agosto

Equipe de médicos foi contratada para ajudar a analisar protocolos

  • D
  • Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2020 às 10:37

- Atualizado há um ano

. Crédito: Mateus Pereira/GOVBA

Depois de quatro meses de rotinas alteradas os deputados da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) começam a se prepara para retomar as atividades presenciais. A expectativa é de que isso aconteça na segunda quinzena de agosto. Inicialmente, o funcionamento seria misto, mantendo parte das atividades de forma virtual, ou seja, será um novo normal. O presidente da Casa, Nelson Leal (PP), comentou sobre o assunto durante a entrega de ambulâncias pelo Governo do Estado, nesta terça-feira (28).

"Estamos com o seguinte planejamento: assim que começar a ter condição, ou seja, que os casos começarem a diminuir e a curva de contaminação se inverta, a tendência é abrirmos. Num primeiro momento, a Casa vai funcionar com plenário misto. Uma parte virtual e outra presencial. A ideia é que na segunda quinzena de agosto a gente já comece a avançar nessa questão de reabertura da nossa Casa. É o novo normal", afirmou.

Leal destacou que é importante manter as medidas de higiene, distanciamento social e usar máscaras. "Enquanto não tivermos a vacina, é necessário trabalhar dessa forma. A máscara é nossa arma principal", afirmou. "Já estamos fazendo estudos para ver qual o momento certo e como iremos proceder para que a Assembleia volte dentro dessa nova realidade".

Já a presidente da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), a deputada estadual Ivana Bastos (PSD), disse que todos os estados têm conversado sobre como deve ser o retorno.

"Temos reunido as 27 Assembleias para ver um protocolo. Aqui na Bahia foi contratada uma equipe de médicos para elaborar o protocolo, tudo com muita segurança, então, se tiver tudo sob controle, é bem-vindo (o retorno das atividades presenciais). Caso ainda não haja esse segurança, a gente continua on-line, a gente tem trabalhado muito virtualmente, inclusive, temos trabalhado até mais", contou.

A médica e deputada Fabíola Mansur (PSB) destacou que os números de casos confirmados da covid-19 no estado ainda estão altos, mas defendeu o retorno das atividades presenciais do Legislativo se houver segurança para os deputados e para os outros servidores.  

“É bom que a gente lembre que a Alba não está parada, vários projetos importantes de deputados e do Executivo foram votados, mas a gente tem que ter um cuidado e foi feita uma comissão específica, com a presença de infectologistas, nesse sentido. Protocolos de biossegurança estão sendo montados e a partir do momento que a gente conseguir viabilizar esses protocolos a Alba conseguirá voltar presencialmente. O objetivo é preservar vidas. O presidente ficou de receber os protocolos em meados de agosto para ver se é viável fazer isso de forma presencial e segura”, afirmou.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), até a segunda-feira (27), a Bahia tinha 12.938 ativos do novo coronavírus e 3.227 óbitos confirmados pela doença. Foram 930 novos casos de domingo para segunda-feira.

Expectativas Há meses funcionando de forma remota, a retomada das atividades é algo bastante esperado pelos componentes da casa. “Estamos todos ansiosos para voltar aos trabalhos presenciais, mesmo tendo trabalhado muito dessa forma remota, a volta é algo que esperamos. Considerando, é claro que a volta aconteça observando todas as medidas de segurança necessárias, seguindo todos os protocolos que forem criados, não só para preservar a saúde dos deputados, mas principalmente dos colaboradores da casa”, acredita o deputado estadual Sandro Régis (DEM), líder da oposição na casa. 

Sobre as medidas de retomada, o protocolo ainda está sendo elaborado. Segundo informações da própria Alba, os detalhes serão divulgados assim que os trabalhos de elaboração forem concluídos. Segundo os dados disponíveis na página da Assembleia na internet, 20% da casa - 13 dos 63 deputados - têm idades superior a 60 anos e são considerados idosos, portanto grupo de risco, “Sabemos que a equipe que vai montar esse protocolo de segurança está sendo montada, que a mesa diretora está cuidando do assunto. Uma infectologista foi contratada para colaborar na montagem deste protocolo e também estão sendo consultadas outras assembleias para entender que protocolos estão sendo adotados por lá”, comenta Sandro.    

Líder do governo na Assembléia, o deputado Rosemberg Pinto (PT) acredita que a estrutura da casa pode comportar as medidas de segurança que serão necessárias.“A casa tem espaço para que as sessões presenciais sejam retomadas e realizadas com o distanciamento necessário. Do ponto de vista do atendimento na assembleia, é que eu acho que deve haver uma limitação, pelo menos nesse primeiro momento. Que cada parlamentar tenha apenas três assessores nos gabinetes para evitar aglomerações”, diz ele que defende a retomada presencial a partir de setembro 

O petista ainda acredita que o retorno é necessário e esperado por todos os membros da casa “Nós temos uma cultura da relação presencial, Essa coisa virtual foi uma novidade e uma mudança de cultura necessária a esse momento. Mas a vontade de voltar aos encontros, falar no plenário, ter as sessões completas é algo bem presente”