Aleluia entra com ação no TRE para barrar evento pró-Haddad na Barra

por Luan Santos

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  • Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2018 às 15:00

- Atualizado há um ano

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O presidente estadual do DEM, José Carlos Aleluia, entrou com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra a caminhada de apoio ao candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, que será realizada nesta sexta-feira (26) na Barra. A alegação é que o evento tem característica de um showmício, que é proibido pela legislação eleitoral. 

O evento vai contar com a participação de artistas e bandas. "A fumaça do bom direito está presente com clareza ímpar, pois é óbvia a irregularidade de quem utiliza de showmício como propaganda eleitoral, ato totalmente vedado e em total desconformidade com a Legislação Eleitoral, tendo em vista que a realização de shows em comícios eleitorais", diz a representação, assinada pela coligação Coragem Para Mudar a Bahia. 

A legislação eleitoral proíbe que sejam realizados comícios 48 horas antes da eleição. Justamente por isso Haddad não falou para o público após a campanhada, embora houvesse expectativa de discurso entre os participantes do ato. A lei, contudo, permite que os candidatos façam caminhadas e passeatas. 

Denúncia Segundo o documento, o PT se vale "de artista para animar eventos em outra oportunidade, o que mostra patente a intenção da realização, na data de hoje, às 17:00h, nesta capital baiana, de evento proibido pela legislação eleitoral".

Segundo a denúncia, os movimentos Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo estão entre os organizadores do evento. "Estes movimentos são notoriamente envolvidos com o supramencionado partido", diz. A peça também aponta como organizador o governador Rui Costa (PT), que chamou a militância para participar do ato em suas redes sociais. 

A acusação reforça que, na convocação para o evento, vários artistas apoiadores do ato também "participarão do comício realizando show ao final da caminhada". "É vedada a prática de qualquer evento assemelhado a showmício como forma de propaganda eleitoral, exatamente como o que ocorrerá nesta data. (...) Vê-se assim que os representados nada respeitam, mesmo vislumbrando a devida vedação a showmício, mesmo que por artistas não remunerados", complementa. 

A denúncia lembra, ainda, que a cantora Daniela Mercury realizou, no dia 28 de setembro, um ato político-partidário que mobilizou milhares de pessoas contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) em Salvador. 

"Não há dúvidas da irregularidade do ato que discutido na presente ação, na medida em que, como visto na prova ora colacionada, evento com música e animação de artistas já foi realizado em outra oportunidade, exatamente como se pretende realizar na data de hoje, o que demonstra a lesividade da conduta que se pretende praticar às vésperas da eleição do segundo turno", destaca.

Diversos artistas gravaram vídeos para convidar o público para a participação no evento. Divervos vídeos foram publicados na página do Instagram do superintendente da Bahiatursa, Diogo Medrado. Ao CORREIO, ele afirmou que o órgão não teve qualquer participação no ato.