Anvisa convoca 11 governadores para discutir entraves na liberação da Sputnik V

Governadores tentam acelerar aval para uso da vacina russa; Governador da Bahia, Rui Costa deve participar do encontro

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  • Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2021 às 22:13

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) convocou governadores dos 11 estados interessados em importar a vacina russa Sputnik V para discutir as dificuldades que o órgão regulador está enfrentando para autorização para o uso emergencial do imunizante no Brasil.

Além da Bahia, que acertou a compra de 9,7 milhões de doses da vacina, governadores do Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Pernambuco, Pará, Sergipe e Rondônia foram convocados. 

O Consórcio do Nordeste tem liderado as negociações com o Fundo Soberano Russo para a aquisição do imunizante desde o ano passado, mas outros estados também têm usado o canal para negociar a compra de doses. 

A ideia inicial é que as vacinas sejam incorporadas ao Programa Nacional de Imunização (PNI) e distribuídas pelo Ministério da Saúde. De acordo com as negociações, o Brasil teria garantido ao menos 37 milhões de doses da Sputnik V, mas a vacina depende da autorização de uso emergencial. O pedido foi feito pelo laboratório União Química, que ficará a cargo da produção nacional do imunizante.

Apesar disso, as primeiras doses do imunizante russo serão importadas, e por isso os governadores protocolaram um pedido de importação junto à Anvisa na semana passada. A ideia da reunião é tentar acelerar a aprovação do uso emergencial. 

De acordo com dados atualizados pela Anvisa às 22h15 no painel que mostra a análise das vacinas contra a covid-19, a Sputnik V segue com 24,95% da sua documentação pendente de complementação. Outros 18,67% ainda não foram apresentados, e 55,83% estão em análise pela agência. 

Até agora, três vacinas já tiveram o aval para uso emergencial no Brasil, que prevê a aplicação em grupos prioritários. Além do imunizante da Janssen, aprovado na semana passada, a CoronaVac, do Instituto Butantan, e a vacina da AstraZeneca/Oxford tiveram o aval ainda em janeiro. O uso definitivo foi concedido apenas à vacina da Pfizer/BioNTech e à de Oxford, na sua versão produzida no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).