Após chacina, taxistas também querem ser ouvidos sobre insegurança no trânsito

Comissão protocolou solicitação de reunião com a SSP e Polícia Militar

  • Foto do(a) author(a) Hilza Cordeiro
  • Hilza Cordeiro

Publicado em 16 de dezembro de 2019 às 17:12

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/Arquivo CORREIO

Diante do episódio brutal da última sexta-feira (13), em que quatro motoristas de aplicativos foram assassinados, taxistas de Salvador também resolveram chamar atenção para a insegurança em que vivem nas ruas. Durante a manifestação dos motoristas de aplicativo contra os riscos da profissão na manhã desta segunda-feira (16), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), membros da Comissão de Taxistas da Bahia também estiveram no local para protocolar um documento solicitando reunião com a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

O presidente da comissão, João Adorno, disse que a categoria também quer ser ouvida sobre a questão. “Nós não participamos do movimento deles [motoristas de aplicativos]. Apesar de as nossas pautas serem iguais na segurança, uma reunião conjunta depende de vários aspectos, inclusive depende de a secretaria dizer se será dessa forma ou não”, disse ao CORREIO. 

Para os taxistas, o melhor é que cada categoria seja ouvida separadamente, já que cada atividade tem sua peculiaridade. “O nosso serviço é aberto, qualquer um pode pegar na rua, até mesmo dando a mão, enquanto eles têm um serviço controlado pelas plataformas, que têm informações sobre os usuários”, diferenciou.

Segundo Adorno, a comissão vem pedindo a implementação de uma política pública de segurança exclusiva para eles, já que computam uma média de três a quatro assaltos por dia contra taxistas. “A gente entende que os índices de roubos e ataques contra a gente aumentam conforme os crimes cometidos ficam sem resposta. Não tem por parte da SSP a adoção de um protocolo”, disse. Eles querem uma reunião com representantes da SSP e da Polícia Militar.

Os taxistas defendem, entre outras medidas, a criação de uma delegacia especializada em crimes contra eles; a identificação das quadrilhas especializadas em ataques contra táxis; mais abordagens policiais aos táxis com passageiros durante as blitze; celeridade no atendimento de registro de boletim de ocorrências.

O CORREIO também tentou contato com a Associação Geral dos Taxistas (AGT), mas não teve retorno até a publicação desta matéria.