Argentina confirma primeiro caso de varíola dos macacos da América Latina

Um segundo caso suspeito no país está em análise

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  • Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2022 às 16:23

- Atualizado há um ano

. Crédito: Shutterstock

O Ministério da Saúde da Argentina confirmou, nesta sexta-feira (27), o primeiro caso da varíola dos macacos no país. Esse também é o primeiro caso confirmado da América Latina. A informação é jornal argentino Clarín.

Está em análise um segundo caso suspeito no país, sem relação com esse primeiro. Seria um residente da Espanha que está de visita na província de Buenos Aires.

O paciente confirmado com a doença também veio do país espanhol. Ele voltou de uma viagem no último dia 16 de maio e procurou atendimento em um hospital de Buenos Aires no domingo (22), com lesões pelo corpo e febre.

Ambos estão em bom estado de saúde e em tratamento, segundo o jornal.

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Nesta sexta, a chefe da Divisão Global de Preparação para Riscos Infecciosos da Organização Mundial da Saúde (OMS), Sylvie Briand, pediu que as autoridades internacionais reajam rapidamente para conter a propagação da varíola dos macacos.

Cerca de 22 países confirmaram 300 casos desde 7 de maio, quando o primeiro paciente foi diagnosticado com a doença no Reino Unido.

O governo argentino aguarda os resultados dos testes de sequenciamento do vírus para ter mais detalhes sobre o tipo de varíola dos macacos que causou a infecção.“Estamos aguardando o sequenciamento para poder saber se é um tipo leve, como os que circulam na Europa ou se é mais grave”, disse uma fonte oficial ao jornal argentino.Origem do vírus

O surto de varíola de macaco que se espalhou pelo mundo pode ter origem em duas festas na Europa, segundo um especialista da Organização Mundial da Saúde (OMS). David Heymann, que costumava chefiar o departamento de emergências do órgão, revelou que essa é a principal teoria até o momento.

“Sabemos que a varíola dos macacos pode se espalhar quando há contato próximo com as lesões de alguém que está infectado, e parece que o contato sexual agora amplificou essa transmissão. É muito possível que alguém tenha se infectado, desenvolvido lesões nos genitais, nas mãos ou em outro lugar, e depois tenha espalhado para outras pessoas quando houve contato sexual ou físico próximo", explicou.