As cinco melhores atuações nas séries em 2019

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  • Carol Neves

Publicado em 8 de dezembro de 2019 às 15:53

- Atualizado há um ano

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O ano está chegando ao fim e é aquela hora tradicional de listinhas de melhores, como você já deve ter percebido (faremos aqui no CORREIO também!). Para dar início aos trabalhos por aqui, no assunto TV, resolvi escolher cinco atuações que se destacaram nos seriados esse ano.

Grandes performances muitas vezes são fio condutores de temporadas inesquecíveis de televisão. Emocionam, entristecem, revoltam.

Veja os escolhidos:

Regina King, Watchmen Watchmen ainda está encerrando sua primeira temporada, mas já entrou em uma crescente tão grande que parece caminhar para se encaixar no panteão de séries icônicas. A atuação de Regina King é o nosso guia em meio a um mundo que aparece confuso e às vezes sem sentido. Enquanto estamos pertidos tentando nos situar, Angela Abar é nossa bússula. Mesmo em meio a uniformes, com o rosto pintado, King consegue manter a humanidade de Abar à frente o tempo todo. Vale destacar também Jean Smart, que interpreta Laurie Blake. Em contraste com Angela, Laurie é alguém que acredita que já viu de tudo e traz uma dose de cinismo e ironia para a série, mas de uma maneira nada cansada. É um contraste que serve bem a Watchmen.   (Foto: Divulgação) Phoebe Waller-Bridge, Fleabag Um dos nomes do ano no mundo da série, Phoebe Waller-Bridge faturou esse ano seis Emmy (incluindo o de Melhor Atriz de Comédia). Fleabag foi criado pela roteirista como uma peça e depois virou um programa de TV. A primeira temporada cumpriu o papel de nos apresentar Fleabag, mas foi a segunda quem conseguiu encapsular em seis episódios perfeitos, que não tinham nada a mais e nada a menos do que deveriam ter, a voz criativa de Waller-Bridge. É uma voz original, divertida e por vezes doída. Que Waller-Bridge interprete a personagem principal parece inextricável, e é a performance dela que nos guia. Ela tem talento para a comédia física e seu olhar direto para o público, que é feita de uma maneira que dá vida à por vezes cansada quebra da quarta parede, é um modo de aliviar suas próprias ansiedades. Waller-Bridge faz tudo parecer sem esforço e espirituoso. (Foto: Divulgação) Jharrel Jerome, Olhos que Condenam Possivelmente minha interpretação favorita do ano. Jharrel vive Korey Wise, um dos garotos falsamente condenados por um estupro no Central Park, nas duas fases da minissérie de Ava DuVernay - uma transformação de 12 anos que a série e Jharrel conseguem sustentar. É uma atuação de muito impacto, que culmina no episódio focado no período de Korey em uma prisão adulta. É o episódio que, com a ajuda da atuação física de Jharell e a força do seu olhar, coloca a série em outro patamar. Pela atuação, Jharrel foi indicado e venceu o Emmy para Minisséries ou Filme. (Foto: Divulgação) Merritt Wever, InacreditávelUm dos trunfos de "Inacreditável" é o trio principal. Kaitlyn Dever vive Marie, uma adolescente que cresceu no "sistema", sem uma família fixa, e que tem sua denúncia de estupro desacreditada por investigadores, levando-a a retirar a queixa e afirmar que mentiu. A interpretação de Dever do trauma sofrido é muito real e atinge o telespectador com força desde o início. Merritt Wever vive a detetive Karen Duvall, que começa a investigar outros casos de estupro que vão se mostrando conectados. Sutil, Wever subverte expectativas com sua interpretação, sem recorrer a estereótipos, criando uma detetive reflexiva e espiritual, focada em achar o culpado. Toni Collette, que vive a segunda detetive do caso, traz um ímpeto que ajuda a balancear a dinâmica da série. (Foto: Divulgação) Olivia Colman, “The Crown” A Rainha Elizabeth é uma personagem complicada para se interpretar, ainda mais levando em conta que ela já foi vivida por vários atores de grande qualidade. Olivia Colman chegou na última temporada de The Crown com a missão, ainda, de trabalhar a partir do belo trabalho feito pela predecessora, Claire Foy. E o resultado foi um sucesso. Com um olhar rápido, ela consegue transmitir a desaprovação acumulada em anos pelo marido. Em uma cena já clássica, no episódio mais emocional da temporada, passa uma tristeza inenarrável com apenas uma lágrima. A rainha muitas vezes usa o silêncio como estratégia e Colman conseguiu trazer profundidade em meio à quietude.  (Foto: Divulgação)