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Em Aparecida, religioso disse que "pátria amada não pode ser pátria armada"
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2021 às 13:17
- Atualizado há um ano
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu novamente o armamento da população durante discurso na cidade de Miracatu, em São Paulo, na manhã desta quarta-feira (13).
Ele rebateu o Arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, que na missa do feriado de 12 de outubro criticou o armamento do povo.
"Vamos abraçar os nossos pobres e também nossas autoridades para que juntos construamos um Brasil pátria amada. E para ser pátria amada não pode ser pátria armada", pregou o arcebispo ontem, dia de Nossa Senhora Aparecida.
Em outros comentários que podem ser considerados críticos ao presidente, o religioso também fez alertas contra o discurso de ódio e notícias falsas, defendendo a vacinação contra a covid-19 e a ciência.
“No dia 11, em Brasília, o bispo disse que ‘pátria amada não é pátria armada’, respeito a opinião dele. Somente no dia seguinte, quando tive em Aparecida, que a imprensa falou que ele disse isso no dia 12. Ele não falou, ele é uma pessoa educada. Não iríamos discutir abertamente aí, até porque não tinha microfone, não tinha como discutir. Respeito os bispos e todos que têm uma posição diferente da minha”, disse Bolsonaro.
“Não é porque quando eu não quero uma coisa, eu acho que ninguém pode ter o direito de querê-la. Nós devemos nos preocupar com nossa liberdade, o bem maior de uma nação. Sem liberdade não há vida, mais importante que a própria vida é a liberdade, não podemos flertar com o socialismo e comunismo”, acrescentou.
O presidente foi ao evento entregar títulos definitivos e provisórios de propriedade rural para famílias assentadas. Ele chegou sem máscara e cumprimentou o público sem manter distanciamento, como de costume.