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Bom velhinho passará alguns dias no Parque da Cidade com Noeletes e ajudantes
Maryanna Nascimento
Publicado em 3 de dezembro de 2017 às 17:30
- Atualizado há um ano
À primeira vista, Salvador não tem semelhanças com o Polo Norte, mas deste sábado (3) até o dia 25 de dezembro, Papai Noel decidiu trocar a neve por um ar mais tropical. O bom velhinho passará alguns dias no Parque da Cidade e trouxe todo mundo: Noelete, a sua assistente, ajudantes da fábrica e até um fanfarra. A iniciativa é da Diretoria de Iluminação Pública (DSIP) e da Prefeitura Bairro. Noel passará a tarde à espera dos pedidos e das cartinhas de Natal.
Pedro Rangel, 4 anos, foi um inquietos na fila para ver o barbudo. “Que fila grande, que demora”, reclamou. A fila, de fato, existia, mas o Papai Noel era rápido e, segundo as crianças que iam fazer os pedidos, ele sempre prometia que ia realizar. O de Pedro, por exemplo, era um jogo: o futebol de botão. Ele tinha algumas exigências: que não fosse nem do Palmeiras, Santos ou Ponte Preta. “Pode ser do Bahia e Corinthians. O Corinthians ganha sempre”, contou.
Na hora do encontro com o Papai Noel, ele fez o pedido mas teve uma certa desconfiança. “Você é o de verdade? Cadê as suas renas e o trenó?”, perguntou. A resposta foi convincente: 'Eles só funcionam de noite, na hora da entrega dos presentes'. Do outro lado, uma garotinha também ficou encucada ao ver que a barriga dele não era tão grande quanto ela imaginava.
Logo atrás de Pedro, Amanda Pereira, 11, aguardava a sua vez. O que ela vai pedir pro Papai Noel? Nada. “Eu deixei de acreditar quando eu tinha 9 anos”, relembra. O motivo, ela não respondeu, mas na mesma hora deu uma olhada para a mãe e contou que nem sempre o velhinho atendia aos seus pedidos. A menina que sonha em ser atriz ou policial – mas anda como uma modelo –, só estava ali para acompanhar o irmão de 3 anos.
Enquanto algumas crianças e pais se espremiam na fila, outras não faziam questão de ver o Papai Noel. Uma delas foi a Maria Clara, de um 1 e 2 meses. Para a pequena, os carrinhos que faziam parte da decoração na área externa da casa eram muito mais interessantes. Os pais, Carol Mascarenhas e Victor Souza, respeitaram a decisão da filha. “É a primeira vez dela no Parque (da Cidade). Essa vivência é importante para o desenvolvimento da criança, para ter ideia de todas as classes sociais e criar um sentido de pertencimento com Salvador”, explicou Carol, que é professora.
Junior Magalhães, diretor de iluminação, concorda com Carol. Segundo ele, a ideia de levar a Casa do Papai Noel para o Parque da Cidade é pelo fato do local ser mais democrático. Junior diz que nem todos têm acesso às atrações natalinas em locais privados e shopping centers, então o principal objetivo do evento é “dar o direito de sonhar para todas as crianças”.