Com 14 casos suspeitos, Brasil vai declarar estado de emergência para coronavírus

Medida visa dar agilidade na criação da quarentena para os brasileiros vindos de Wuhan

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  • Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2020 às 14:29

- Atualizado há um ano

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Foto: (Noel Celis/AFP) Com 14 casos suspeitos de coronavírus, mas nenhum confirmado, o governo federal decidiu declarar estado de emergência em saúde pública para a doença. Segundo a Folha, a escolha visa dar agilidade ao Estado na contratação de equipamentos sanitários e na montagem da área de quarentena que receberá os brasileiros retornados da cidade de Wuhan, epicentro do surto de coronavírus na China. 

Em entrevista concedida para a Rádio Gaúcha, o ministro Onyx Lorenzoni afirmou que o Nordeste é um dos candidatos a receber os brasileiros vindos de Wuhan. Florianópolis e Anápolis são as concorrentes.

ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta falou após reunião na Casa Civil para acertar os detalhes do retorno desses brasileiros. Segundo ele, são aproximadamente 40 brasileiros em Wuhan que manifestaram interesse em voltar ao Brasil. 

O estado de emergência permite ao governo contratações emergenciais mais rápidas para fazer frente aos esforços de contenção do vírus, dispensando por exemplo processos licitatórios.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou na última quinta (30) que o coronavírus é uma emergência de saúde global. 

O protocolo estabelece que o estado de emergência seria ativado, em condições normais, após a confirmação de um caso de coronavírus no Brasil — o que até o momento não ocorreu. Mas o governo Bolsonaro tomou a decisão de reconhecer a emergência, entre outras razões, para preparar a chegada dos brasileiros retornados. 

"Embora a gente não tenha nenhum caso comprovado no Brasil —não temos a presença do vírus em laboratório dentro do Brasil— nós vamos reconhecer esta emergência sanitária internacional para poder ter mecanismos. Porque se não você tem que abrir licitação, leva 15, 20 dias para conseguir se movimentar quando se está no status normal da lei de licitações e compras. Então a gente vai antecipar mesmo não tendo nenhum caso confirmado", disse o ministro.