Conheça cinco robôs que estão sendo usados por RHs das empresas

Paula, IVI, Gaia ou Witson? CORREIO apresenta cyber 'coleguinhas' que estão sendo utilizados no ambiente de trabalho

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  • Priscila Natividade

Publicado em 9 de dezembro de 2019 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Ilustração: Morgana Miranda/ CORREIO

Paula, IVI, Gaia, Witson, ou simplesmente, o faz-tudo de toda repartição, que pode chamar também de chatbots. Sim, o seu parceiro da mesa ao lado pode ser um robô. E eles estão cada vez mais presentes não só nos processos seletivos das empresas, mas em diversas atividades e processos da gestão de recursos humanos. 

O CORREIO apresenta cinco desses ‘colegas’, que conversam com os colaboradores, ajudam a direcionar seu plano de carreira e até servem de psicólogo para prevenir doenças mentais no ambiente de trabalho (veja abaixo). Eles são gentis, proativos e bem comunicativos. 

Para a gerente sênior da Catho, Bianca Machado, os robôs, em sua maioria, são direcionados para atividades simples, repetitivas, em grande volume e que não requer nenhuma competência psíquica para obter resultados. “Seremos os instrutores, gestores e interventores das atividades robotizadas. Ou seja, ainda que muitos postos de trabalho sejam automatizados no futuro, ainda será necessário que os robôs trabalhem ao nosso lado”.

Não há espaço para disputa de uma vaga, mas este profissional precisa enxergar oportunidades na carreira ao desenvolver suas tarefas junto com robôs. “Afinal de contas, sempre será necessário um gerenciamento humano diante de tomada de decisões e olhar analítico”, completa. 

Tendência Em um futuro nem tão distante assim, a especialista destaca ainda que profissões como Analista de cybercidade, Diretor de portfólio genômico, gerente de equipe humanos-máquinas, alfaiate digital e curador de memórias pessoais devem se destacar no mercado. 

“De modo geral, a tecnologia tem sido cada vez mais presente. Primeiro, é preciso entender que esse universo tecnológico já está presente no nosso dia a dia, bem como em grande parte das áreas profissionais”. 

Entre as habilidades fundamentais para os profissionais do futuro está a capacidade de comunicação - algo que as máquinas até fazem bem - mas não substituem a interação humana. “O ‘face to face’ segue sendo importante. Empatia, inteligência emocional e social são algumas das habilidades que serão imprescindíveis”.  

CINCO 'COLEGUINHAS'

1. Paula: cultura da empresa via Facebook Quem é Jovem, negra, 19 anos. Esta é Paula. A robô foi crada pela 99 Jobs para analisar os candidatos a vagas em agências do banco Itaú.Habilidades Segundo o cofundador da HRtech 99Jobs, Du Migliano, Paula interage de forma divertida com os candidatos em uma conversa do Facebook e não mais por meio dos velhos formulários. Dos mais de 170 novos colaboradores contratados por meio do chatbot, em 5 meses, só 1 pediu demissão. “ Paula criou experiências conversacionais capazes de esclarecer aos candidatos como é o dia a dia e a cultura do banco, antes de seguirem adiante nas próximas etapas”, afirma. 

2. IVI: suporte a saúde mental no trabalho Quem é O robô criado pela criada pela startup  Hisnëk, ajuda a melhorar a qualidade de vida do funcionário, ao mapear todos os colaboradores com risco de desenvolver doanças do trabalho, como a Sindrome de  Burnout, e outras doenças mentais, por exemplo.Habilidades  A IVI (Inteligência Virtual Interativa) atua com 80 mil funcionários de empresas espalhadas pelo Brasil como Nokia, Dasa e Alelo, como destaca a fundadora da  Hisnëk, Carol Dassie. “O colaborador nunca vai pedir para o RH um psicólogo ou psiquiatra. Pela tecnologia, a IVI consegue identificar isso e fazer esse cuidado”. 

3. Witson: o amigo consultor de carreira Quem é Witson levou só seis meses para ser criado pela edtech Witseed. O robô faz um mapeamento de perfil dos profissionais da empresa e a partir daí monta uma recomendação de trilhas de conhecimento personalizada para o aluno. Habilidades  O robô é baseado na tecnologia do IBM Watson, que é responsável por tratar toda a parte de conversação. Para o co-fundador da Witseed, Miguel Fernandes, o principal diferencial dele esta na personalização do treinamento. “Ou seja, a grande habilidade da inteligência artificial é compreender o que é mais importante aprender e indicar estes conteúdos”.

4. Gaia: especialista em ‘match’ Quem é A Gaia é responsável por ler e analisar as mais de 200 características de candidatos, a fim de identificar aqueles com maior potencial para entrar e trazer bons resultados para a empresa. Habilidades  O cofundador da HRtech Gupy, Guilherme Dias, destaca que 85% das das pessoas contratadas com o auxílio da robô estão dentro dos mais bem colocados no ranking e 1/3 dos contratados está entre os três primeiros colocados. “A Gaia consegue  diminuir as taxas de turnover e também ajuda a empresa a fazer contratações mais diversas e inclusivas, pois reduz os vieses inconscientes dos recrutadores”. 

5. Bots: aquele que faz de tudo Quem é Os bots desenvolvidos pela produtora de soluções tecnológicas para gestão de RH, LG Lugar de Gente, em sua maioria, executam tarefas repetitivas e operacionais, principalmente para atender a diversas demandas de colaboradores, como solicitar férias e recibo de pagamento, ou até mesmo agendar uma entrevista sem qualquer interação humana.Habilidades  De acordo com o vice-presidente da LG, Felipe Azevedo, muitas vezes, até uma ‘pitada de humor’ é incluída no chatbots: “Um bot pode executar atividades 24 horas por dia com mesmo ritmo e produtividade e, assim, liberar tempo dos profissionais de RH para outras tarefas menos operacionais”.