Coronavírus: se os fumantes são grupo de risco, por que não conta como 'comorbidade' nos óbitos?

O fumo pode ser considerado um fator de risco por afetar os pulmões

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  • Thais Borges

Publicado em 16 de maio de 2020 às 08:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Getty

Muita informação. Notícias que são veiculadas o tempo todo, atualizações praticamente em tempo real. Em todo o planeta, novas pesquisas são divulgadas todos os dias. Desde janeiro, o novo coronavírus e a doença provocada por ele, a covid-19 dominam as discussões. 

Mas, no meio de tanta informação, há também muita dúvida - ou no mínimo, questões não tão bem explicadas assim. As orientações dadas no início da pandemia ainda valem hoje? Quais são os cuidados que devemos tomar ao sair? Quem precisa ir ao mercado está cumprindo o distanciamento social? É seguro usar o elevador? 

Para responder a algumas dessas perguntas, o CORREIO buscou pesquisadores que estão na linha de frente dos estudos sobre o Sars-CoV-2 - o nome oficial do coronavírus. 

A pedido da reportagem, três pesquisadores da Rede CoVida - a Rede de Informação Confiável sobre Covid-19, coordenada pelo Centro para Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fiocruz Bahia, e pela Universidade Federal da Bahia (Ufba)- , Julia Pescarini, Miguel Depallens e Naiá Ortelan, tiraram algumas dúvidas. Além deles, o virologista Gúbio Soares, coordenador do Laboratório de Virologia da Ufba, também explicou algumas das questões. 

Confira a reportagem completa com as 15 perguntas  Isso acontece porque um fator de risco não é a mesma coisa que uma comorbidade - ou seja, que uma doença. “Quando descrevemos comorbidade, são doenças que podem acarretar maior risco de morte, de doenças severas. Ele é considerado fator de risco. Asmas e doenças cardiovascular são comorbidades. Fatores de risco poderiam ser fumo, sedentarismo, alimentação ruim”, cita a epidemiologista Julia Pescarini, pesquisadora associada ao Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs-Fiocruz) e da Rede CoVida. Quem deu as informações: Julia Pescarini, epidemiologista, pesquisadora associada ao Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs-Fiocruz) e da Rede CoVida, doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP).