CORREIO vence Prêmio Imprensa Embratel 2009

Jornal foi premiado na categoria 'Rerportagem Fotográfica' com a foto 'Ladrão em Fuga'

  • D
  • Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2009 às 00:23

- Atualizado há um ano

O CORREIO venceu o Prêmio Imprensa Embratel/ 2009 na categoria 'fotográfia'. O imagem premiada foi 'Ladrão em Fuga', de Adenilson Nunes. A entrega do troféu foi realizada na noite desta quarta-feira (11) no Rio de Janeiro.

Confira a imagem, publicada na capa do jornal no dia 20/08/2008:

Adenilson Nunes flagra a fuga espetacular de um ladrão em Salvador

Concorreram 52 trabalhos em 17 categorias, além do Grande Prêmio Barbosa Lima Sobrinho. O evento reuniu todos os finalistas para uma das maiores premiações do jornalismo brasileiro.

A edição 2009 teve 1.219 trabalhos inscritos de todo o país em sua 11ª edição. Foram 956 trabalhos nacionais e 263 regionais concorrendo a 18 premiações. Nas categorias nacionais houve um crescimento de 32% nas reportagens investigativas, 18% nas de televisão e de 17% nas de rádio.

A avaliação das reportagens inscritas levou em conta a importância do assunto – relevância nacional ou regional –, extensão da reportagem, qualidade da edição e esforço despendido pelo repórter para a sua realização, assim como a repercussão e os resultados obtidos.

Prêmio ColunistasO Correio venceu também o grand prix Norte e Nordeste do prêmio Colunistas, na categoria Veículo do Ano. A entrega do prêmio aconteceu nesta quarta (11), em Salvador. O evento realizado pela Associação Brasileira de Colunistas de Marketing e Propaganda (Abracomp) considerou o jornal como 'referencial de produto inovador, moderno e acessível'. Confira a lista completa de vencedores do Prêmio Imprensa Embratel 2009:• Reportagem de Jornal/Revista (Tema Livre)FAVELA S.A., de Sérgio Ramalho, Cristiane de Cássia, Dimmi Amora, Fernanda Pontes, Selma Schmidt, Carla Rocha e Luiz Ernesto Magalhães - Jornal O Globo- A série de reportagens retrata o comércio paralelo das favelas do Rio de Janeiro. Um mercado de R$ 10 bilhões, que rende um faturamento anual de R$ 3 bilhões e atrai comerciantes legais, informais e criminosos. A radiografia dessas atividades identificou uma gama de serviços que atende a cerca de 2 milhões de consumidores, oferecendo desde o básico ao sofisticado, como salões de beleza, biroscas, cursos de inglês alternativos, financiamentos, lan houses, telefonia celular e até factoring. Esse mercado ainda movimenta R$ 107 milhões em aluguéis, além da construção de quitinetes e venda de terrenos invadidos.• Jornalismo investigativoA FARRA DAS PASSAGENS, de Lúcio Lambranho, Edson Sardinha e Eduardo Militão – Congresso em Foco- As reportagens revelaram o descontrole no uso das cotas parlamentares de bilhetes aéreos, com milhares de vôos feitos por parentes e amigos ou comercializados num mercado paralelo ilegal. Deputados e senadores de todos os partidos, líderes de bancadas, ministros, ex-parlamentares, integrantes da Mesa Diretora, todos usavam como queriam as passagens aéreas. Um único parlamentar usou 40 bilhetes para viagens internacionais, todas particulares; estrelas de televisão viajaram com bilhetes pagos pela Câmara. As denúncias repercutiram na grande imprensa, e a Câmara restringiu as viagens internacionais, que foram proibidas pelo Senado. Os vôos a passeio de parentes também foram suspensos.• Reportagem fotográficaLADRÃO EM FUGA, de Adenilson Nunes - Jornal CORREIO- O flagrante da fuga cinematográfica de um ladrão em Salvador, pulando sobre os carros, também mereceu a primeira página. Ele aproveitou uma manifestação contra agressão sexual a uma estudante da Universidade Federal da Bahia, que provocou um congestionamento, para assaltar motoristas e pedestres. • TI, Comunicação e Multimídia - Veículo não-especializadoTECNOLOGIA PARA ESPECIAIS, de Julia Tavares - Rede Minas de Televisão- Pesquisadores de universidades federais de Minas Gerais estão empenhados em desenvolver equipamentos e acessórios que facilitem a vida dos deficientes visuais, auditivos, motores e excepcionais. É o que mostra a reportagem ao explicar o que a tecnologia pode fazer pela acessibilidade, como a criação de novo método de leitura brailer por computadores, de um modelo de aparelho de audição com tecnologia 100% nacional e custos populares, nova cadeira de rodas inspirada nas usadas pelos atletas paraolímpicos, computadores exclusivos para excepcionais, aparelhos que identificam os valores das cédulas utilizando a tecnologia de celulares e bengalas que indicam o sinal verde para deficientes visuais.• TI, Comunicação e Multimídia - Veículo especializadoRETRATO DE UMA DÉCADA, de Gilberto Pavoni Junior, Vitor Cavalcanti, Felipe Dreher e Ana Lúcia Moura Fé - Information Week Brasil- Faz uma retrospectiva do impacto das novas tecnologias sobre os negócios, a sociedade em geral e como os acontecimentos econômicos,. políticos e sociais mudaram a tecnologia da informação e as telecomunicações. Destaca os fatos marcantes de cada ano da década, tais como o Bug do Milênio; o surgimento do e-commerce; o fortalecimento dos profissionais dos antigos CPD’s, transformados em TI, CIO ou gerente geral; os escândalos financeiros mundiais; os atentados terroristas; a ascensão, queda e retorno das empresas pontocom; além da revolução da telefonia celular; o avanço do protocolo internet e a descoberta, pelas empresas, dos smartphones como ferramentas úteis de trabalho.• Reportagem esportivaA COPA DO MUNDO É NOSSA, de Helvídio Mattos e equipe - ESPN Brasil- A matéria revela os bastidores da formação da comissão que elaborou o plano Paulo Machado de Carvalho, de toda a preparação para a disputa da sexta Copa do Mundo da história do futebol brasileiro e da campanha vitoriosa da seleção nos gramados da Suécia. Mostra ainda, nas comemorações dos 50 anos do primeiro título mundial de futebol da seleção brasileira, as razões dos insucessos nas copas de 1950 e 1954 e como tudo mudou para a vitória, em 1958. Depoimentos colhidos no Brasil e na Suécia, de craques da época – Pelé, Zagallo, Zito, Nilton Santos, Mazolla, Djalma Santos, Parling, Simonsson e Gustavsson – retratam os dois lados da decisão daquele domingo, 29 de junho, no estádio Rasunda, em Estocolmo.• Reportagem em emissora de TVEDUCAÇÃO À DISTÂNCIA, de Alan Severiano e equipe - TV Globo – Rio- O desafio de educar milhões de pessoas em um país de dimensões continentais e o uso da educação à distância como solução, foi o tema da série de reportagens, que mostrou como esse método está mudando a vida de habitantes de comunidades isoladas, principalmente na região norte do país. Com o uso de transmissões via satélite, internet e multimídia, tempo e espaço não são mais limites para o conhecimento. O ensino à distância no estado do Amazonas, em 5 anos, qualificou 16 mil professores de ensino básico que só tinham o nível médio, tarefa que, pelo método tradicional e pelas condições de infra-estrutura da região, levaria até 72 anos para ser concluída.• Reportagem cinematográficaJOVEM MORTE, de Junior Alves - TV SBT- Imagens dramáticas de um protesto contra a morte de um jovem de uma das comunidades às margens da via expressa Linha Vermelha, no Rio, que terminou em tiroteio entre policiais e bandidos. A equipe de reportagem ficou no meio do fogo cruzado, tendo que se jogar no chão para se proteger. • Reportagem EconômicaO BRASIL QUE EMERGIRÁ DA CRISE, de Ricardo Allan, Vânia Cristino, Mariana Flores, Letícia Nobre, Edna Simão, Vicente Nunes, Luciana Navarro, Karla Mendes e Luciano Pires - Jornal Correio Braziliense- A terceira reportagem sobre a crise econômica fez um mapeamento de como estava o Brasil para enfrentar a crise e de como sairia dela. Destaca as avaliações das autoridades monetárias, entre elas o presidente do Banco Central, que aponta como pontos favoráveis a política monetária previsível, cuja credibilidade estimula o consumo e os investimentos; o equacionamento da dívida externa, passando o país de devedor a credor internacional, e a redução do estoque dos títulos atrelados ao dólar, que fez com que o Brasil se livrasse da maldição das crises cambiais. No desfecho da série de reportagens, as previsões de crescimento do PIB em 2009, a inflação sob controle e os juros em queda.• Reportagem de RádioPERIGO NA TELA: O VÍCIO DO NOVO SÉCULO, de Marcelo Santos - Rádio Catarinense- Por que será que Bill Gates só permite que o filho dele fique 30 minutos por dia na internet? Esta pergunta abre a reportagem que tem como pano de fundo um registro policial envolvendo um adolescente de 15 anos, em Joaçaba, Santa Catarina. Ele ficou transtornado quando soube que a internet seria desligada. Ameaçou os pais com uma faca e teve de ser contido por policiais e para-médicos. Levado a um hospital, teve de ser submetido a um procedimento de contensão com uso de medicamentos. Os pais queriam apenas que o filho retomasse sua rotina social abandonada, há dois anos, por causa dos “jogos onlines”. Especialistas já consideram esse comportamento como uma doença psiquiátrica. O vício do novo século.• Jornalismo culturalMACHADO DE ASSIS - 100 ANOS DE MEMÓRIA, de Ana Lúcia do Vale e Kamille Viola - Jornal O Dia- Quatro revistas ilustradas e semanais, com 16 páginas cada uma, divididas pelos temas “O Cronista do Rio’, “Capitu e outras paixões”, “O Bruxo do Cosme Velho” e “A Arte da Política”, somadas a entrevistas com profundos conhecedores da obra de Joaquim Maria Machado de Assis, deram origem ao projeto especial sobre a vida e a obra do mestre da Literatura Brasileira, fundador e presidente da Academia Brasileira de Letras. A série fez parte das comemorações do centenário de morte do autor e teve a preocupação de aproximar Machado de Assis dos jovens leitores, através de uma linguagem mais moderna, com infográficos, testes de conhecimento e um Guia de Estudos, com dicas de livros, vídeos, eventos e informações na internet.• Responsabilidade SocioambientalA MORTE LENTA DA FLORESTA DO MAR, de Leonardo Cavalcanti - Jornal Correio Braziliense- A série de reportagens revela como o descaso ambiental provoca a degradação dos recifes de corais e compromete a qualidade de vida do homem. O repórter percorreu 2.900 quilômetros de Maracaju, no Rio Grande do Norte, a Arraial D’ajuda, na Bahia, incluindo Fernando de Noronha. No roteiro, desmatamento, sedimentação, produção cada vez maior de lixo, ocupação desordenada, exploração pesqueira e turismo descontrolado. Aborda o drama dos pescadores que se arriscam avançando, cada vez mais, mar adentro, atrás de peixes cada vez mais escassos; a ação de traficantes internacionais de corais e acena com uma esperança de salvação, com base em projetos pioneiros de conservação, como a criação de reservas no oceano.• Região NorteTRABALHO ESCRAVO, de Nyelsen Martins e equipe - TV Record- A reportagem traz flagrantes de trabalho escravo na coleta do Açaí, no interior do Pará, onde fazendeiros exploram trabalhadores sem carteira assinada, cobrando caro pela comida que vendem em seus próprios armazéns das fazendas e obrigando-os a morar em barracas improvisadas sobre o rio, como se fossem palafitas. Nesses acampamentos improvisados não existem as mínimas condições de higiene. Os coletores de Açaí ficam meses isolados e só podem sair quando mais nada deverem aos patrões. O acesso às fazendas só é possível por barco, percorrendo 100 quilômetros de rio em cinco horas.• Região Centro-OesteMENINOS SEM FUTURO, de Vinicius Jorge Sassine - Jornal O Popular- Conta a história de adolescentes enclausurados em centros de internação, revelando a falência de um sistema de recuperação de jovens infratores. A reportagem foi elaborada com base na vida de 30 meninas e meninos, que venceram concursos de redação e ilustração promovido pelo Juizado da Infância e Juventude de Goiânia, desde 2003, que ocorre uma vez por ano. Eles são estimulados a refletir sobre suas vidas, revelando, em textos e desenhos, seus planos e sonhos. Mas ao ganharem a liberdade têm destinos diferentes do planejado. Do grupo pesquisado pela série, 27 deles foram mortos ou voltaram a cometer crimes.• Região NordesteARQUIVO MORTO - MÁFIA DAS EXECUÇÕES EM FORTALEZA, de Demitri Túlio, Cláudio Ribeiro e Thiago Cafardo - Jornal O Povo- Uma série de assassinatos, aparentemente sem nenhuma ligação entre eles, motivaram a série de reportagens que mostra uma trama de execuções e revela como atuam os matadores de aluguel em Fortaleza. A partir de um caso, a apuração chegou a nove assassinatos, cometidos pelo mesmo grupo, cujos integrantes eram, em sua maioria, policiais. O grupo agia por encomenda, dinheiro ou vingança, desafiando a lei. Como os acusados também eram policiais, os crimes sempre foram mal apurados, evidenciando o tráfego de influência usado pelos pistoleiros. O próprio secretário de Segurança do Ceará chegou a afirmar que “A Polícia Civil está falida”. Em 2008, no Ceará, de um total de 635 homicídios, 248 constam como suspeitos.• Região SulA EPIDEMIA DO CRACK, de Itamar Melo e Patrícia Rocha - Jornal Zero Hora- A série de reportagens mostra a fúria com que a pedra atingiu o Rio Grande do Sul, fazendo vítimas sem escolher idade, sexo ou condição social. Revela que a droga deixou a periferia das cidades gaúchas para fazer vítimas também entre as famílias de classe mais elevada. A explosão da droga se deu nos últimos dois anos, produzindo assombro entre autoridades policiais, profissionais de saúde e familiares de viciados. Já em 2006 a quantidade de crack encontrada com traficantes superou a de cocaína. Agora já é três vezes maior. Em 2008 foram apreendidos cerca de 200 quilos da droga, 10 vezes mais do que três anos atrás. Os reflexos imediatos dessa escalada foram uma onda de homicídios e o aumento da delinqüência infantil.• Região SudesteO GOLPE DO SINAL AMARELO, de Antero Gomes - Jornal Extra- O monitoramento de 90 pardais instalados pela Prefeitura nos sinais luminosos do Rio revelaram ao repórter um golpe oficial contra os motoristas cariocas. Os sinais amarelos, que deveriam durar pelo menos quatro segundos, como recomenda o Departamento Nacional de Trânsito, mudam de cor em três segundos e, em muitos casos, em menos tempo ainda. O resultado dessa artimanha foi a aplicação de 446 mil multas por avanço de sinal na cidade, em 2008. Um número 45% superior ao registrado na cidade de São Paulo, que tem uma frota três vezes maior. A denúncia gerou ações na justiça, investigação pelo Denatran e até a instalação de uma CPI.