Daniela Mercury tem duas canções no CD comemorativo dos 40 anos do jornal

A artista explica a escolha das faixas Pantera Negra e Pagode Divino para o CD

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  • Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2019 às 09:08

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Desde que cantou o Swing da Cor e disse que o canto da cidade era dela, Daniela Mercury eternizou-se como a Rainha do Axé. Título justo e merecido pela importância que essa artista camaleônica teve e tem na cena musical baiana.

Pioneira em descer para se apresentar no circuito Dodô (Barra-Ondina) com o Bloco Crocodilo, em criar o seu badalado e disputado camarote, além de sempre inovar, levando o teatro,  a música clássica e a disco music para seu trio, Daniela sempre saiu na frente.

CORREIO

E, nesses 40 anos, o CORREIO esteve presente, mostrando cada passo da artista, que, em mais um ato de coragem, assumiu seu relacionamento com a jornalista Malu Verçosa, com quem se casou. Hoje, as duas são referência na comunidade LGBT.

A exemplo de outros artistas, Daniela Mercury  também reconheceu a importância do jornal nessas quatro décadas de existência.

“Parabéns pelos 40 anos do Correio, que sempre esteve levando a história da Bahia nas suas páginas. É uma grande alegria poder festejar este importante aniversário com vocês, participando desse álbum comemorativo”, diz a cantora, referindo-se ao disco que será encartado ao CORREIO no dia 15 e entregue como brinde ao leitor. O CD reúne músicas de 13 artistas baianos.

Com duas músicas no disco - Pantera Negra Deusa e Pagode Divino -, Daniela explica por que as escolheu: “Ambas foram produzidas por mim e Yacoce Simões. Para mim, a Bahia também é Wakanda [país fictício do filme Pantera Negra] e o Ilê Aiyê e a Deusa do Ébano são nossas Panteras Negras, junto com todos os blocos afros. Para mim, a canção é uma forma de luta contra a opressão e a violência que nosso povo negro tanto sofre. Pagode Divino é uma parceria minha com Léo Reis e Felipe Pinaud e tem como tema a liberdade de expressão, de pensamento e de criação. A arte é a minha conexão com o divino”.