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Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2017 às 13:38
- Atualizado há 2 anos
Militares da Marinha do Brasil retomaram na manhã de hoje (25) os trabalhos para tentar trazer à tona o barco Capitão Ribeiro, que naufragou na última terça-feira (21), no Rio Xingu, entre os municípios de Senador José Porfírio e Porto de Moz, no Pará.>
O Navio Patrulha Bocaina, de 47 metros de comprimento e 3 metros de calado, e uma lancha com mergulhadores foram deslocados para o local a fim de auxiliar na operação de buscas e salvamento e nos esforços de reflutuação da embarcação acidentada. Só da Marinha estão sendo empregados cerca de 70 militares nas ações de buscas às vítimas e apoio à segurança naval.>
Em nota, o Comando do 4º Distrito Naval informou que os responsáveis pelo barco Capitão Ribeiro cometeram ao menos duas irregularidades antes da embarcação afundar por motivos que ainda estão sendo apurados.>
Na documentação que entregou às autoridades navais, ainda em Santarém (PA), o responsável pelo barco informou que havia apenas dois passageiros a bordo. O número exato de pessoas que estavam no navio na hora do acidente ainda é incerto, mas, até a tarde de quinta-feira (24), o número de mortos já chegava a 21, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup). As equipes de salvamento conseguiram resgatar 23 pessoas com vida e pelo menos mais cinco eram dadas como desaparecidas.>
O comando também revelou que os responsáveis pelo Capitão Ribeiro tinham informado que viajariam apenas de Santarém a Prainha, um trajeto de cerca de 170 quilômetros. No entanto, a embarcação acabou prosseguindo com destino a Vitória Xingu, a quase 500 quilômetros do local de partida, em desacordo com o Despacho de Saída emitida pela Capitania dos Portos, válido até 20 de outubro.>
A Marinha voltou a esclarecer que as autorizações para concessões de linhas hidroviárias não são fornecidas pelas capitanias dos Portos. Segundo a Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon-PA), a embarcação não estava legalizada junto à agência e fazia o transporte de passageiros de forma clandestina.>