Em março, 4 das 5 atividades de serviços caem na Bahia

Serviços de informação e comunicação (-14,8%) são principal influência negativa

Publicado em 15 de maio de 2018 às 11:11

- Atualizado há um ano

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Quatro das 5 atividades de serviços pesquisadas tiveram resultados negativos na Bahia, em março deste ano. O resultado é -6,9%, frente ao mesmo mês de 2017.

As maiores quedas, em termos de magnitude, foram as dos outros serviços (-28,8%) e dos serviços de informação e comunicação (-14,8%).

Por seu peso na estrutura de serviços do estado, os serviços de informação e comunicação exerceram a principal influência negativa. A atividade se mantém em queda desde junho de 2017 e apresentou, nos três primeiros meses de 2018, uma forte aceleração no recuo, acumulando, neste ano, retração de 14,0%.

Ela reúne serviços de telecomunicações, aqueles ligados à tecnologia da informação, audiovisuais, de edição, agências de notícias e outros.

Os outros serviços, que tiveram a segunda maior contribuição para o resultado negativo da Bahia, vêm com recuos seguidos desde novembro de 2017, mas também tiveram uma forte aceleração da queda em março e acumulam perda de 17,3% no primeiro trimestre de 2018.

A única atividade de serviços com crescimento na Bahia, em março, foi a de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,1%), que teve o primeiro resultado positivo em mais de um ano (vinha em queda desde fevereiro de 2017), mas ainda se mantém como importante pressão negativa em 2018 (-5,5%) e no acumulado em 12 meses (-20,2%).

Por outro lado, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,3%), que vinham desde o ano passado exercendo uma das principais influências positivas nos serviços baianos, tiveram, em março, a primeira queda em 10 meses.

Serviços ligados ao turismo recuam

De fevereiro para março, as atividades de serviços ligadas ao turismo na Bahia tiveram queda de 1,5%, a maior entre 12 estados onde a atividade é investigada. Essa comparação desconsidera fatores sazonais, como o Carnaval e a Semana Santa, por exemplo. Na comparação com março de 2017, o resultado do turismo baiano (-9,9%) também foi o pior dentre os estados.

Em ambos os confrontos, o desempenho das atividades de serviços ligadas ao turismo na Bahia foi pior que a média nacional (2,0% e -0,9% respectivamente).

Com esses resultados, no primeiro trimestre de 2018, o volume das atividades turísticas acumula queda de 4,6% na Bahia, a maior dentre os estados pesquisados e mais profunda que a média nacional (-1,9%).

Nos 12 meses encerrados em março, o turismo no estado passou a um resultado negativo (-0,6%), após cinco meses seguidos de crescimento. Ainda se mantém, porém, com queda menor que a nacional (-5,2%).