Escola demolida é entregue após reconstrução em Novo Horizonte

Escola sofria com infiltrações e alagamentos

"Tinha até ratos, quando chovia alagava tudo", descreve a autônoma Cleidiane de Jesus, 27 anos, ao falar da antiga Escola Municipal de Novo Horizonte, onde dois dos seus três filhos estudam. A autônoma e outras mães dos 575 alunos matriculados por lá podem ficar mais tranquilas, já que o equipamento de ensino foi entregue totalmente reconstruído pela prefeitura na manhã desta terça-feira (24), depois de ser demolida em julho do ano passado.

Antes da demolição, o prédio inaugurado em 1995, sofria com infiltrações e recorrentes alagamentos. A diretora da unidade de ensino lembra o quanto era difícil continuar às aulas em dias de aguaceiro. "Já tivemos que carregar os alunos um por um com a água batendo nos joelhos. A situação era muito complicada", relembra Cristiane Andrade Vieira.

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Foram precisos 11 meses e um investimento de R$ 2,6 milhões para construir as 13 salas e mudar todos os equipamentos da escola, como quadros e cadeiras que já estão a disposição dos alunos. Com a Escola do Novo Horizonte nova em folha, Cleidiane já pode respirar aliviada. "Eu tinha até receio de mandá-los pra cá, agora posso ficar sossegada", diz a mãe. Mas, para ela, ainda falta uma coisa: "Uma quadra pra completar a alegria das crianças".

Com tudo novo, agora, a direção pretende ampliar o quadro de alunos, oferecendo, no próximo ano, mais 200 vagas. "Já estou encontrando moradores na rua que estão me avisando que os filhos vão migrar para cá", conta a diretora. A escola atende alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental I e Educação de Jovens e Adultos. 

Desde 2013, a prefeitura reformou 164 escolas. Outras 25 foram reconstruídas e 27 erguidas do zero. A expectativa da prefeitura é que, até o final do ano, uma escola seja inaugurada por dia.

De acordo com o prefeito ACM Neto, os esforços para melhorar a educação tem rendido frutos para o município - Salvador saltou nove posições no último Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb), deixando a última posição, entre as capitais brasileiras avaliadas, para a 17° colocação. 

Ainda de acordo com ele, a posição desfavorável do município foi um dos motivos pelo o qual a prefeitura decidiu realizar mudanças na educação municipal. "Não era apenas pela nossa colocação. Quando chegávamos nas escolas nos deparávamos com estruturas que estavam completamente comprometidas, escolas que não tinha conservação, que não tinha proteção, não ofereciam sequer segurança para nossos funcionários e alunos", disse o prefeito.

Prova Brasil As questões da Prova Brasil 2017, que mede o desempenho do ensino básico, já estão sendo aplicadas no município. Cerca de 18 mil alunos da rede municipal devem  ser avaliados. "Essa é uma semana importantíssima para educação do município e para a educação como um todo. A semana que a gente trabalha a prova do Ideb. Os nossos alunos hoje passam por um processo natural da educação para mostrar o que foi feito de bom nos últimos dois anos", explica Bruno Barral, titular da Secretaria Municipal de Educação (Smed).

A Prova Brasil é uma avaliação diagnóstica, desenvolvida pelo Ministério da Educação (MEC), através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Alunos do 5° e do 9º ano do Ensino Fundamental responderão a questões de Língua Portuguesa, com foco em leitura; e Matemática, com foco na resolução de problemas.

As provas serão aplicadas a partir desta segunda-feira (23) até 3 de novembro. O objetivo é avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro. Os resultados das avaliações, que fazem parte do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), compõem o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - Ideb 2017.