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Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2019 às 12:00
- Atualizado há 2 anos
Diversas culturas e sotaques vão servir como pano de fundo para a mini-feira das nações, que acontece nesta terça-feira (2), na Estação Nova Lapa, das 9h às 19h. A ação faz parte do lançamento da nova novela das seis da Globo/TV Bahia, Órfãos da Terra, em Salvador.>
Como o folhetim aborda histórias de refugiados oriundos da Guerra da Síria, a emissora local convidou refugiados que vivem na capital baiana para vender seus produtos no local. Às 18h, será exibido o capítulo de estreia da trama no telão da estação.>
Os migrantes que participam da iniciativa, em sua maioria venezuelanos, são apoiados pela Paróquia Ascensão do Senhor, que fica no Centro Administrativo da Bahia (CAB).“A feira é muito importante para dar visibilidade ao esforço que os migrantes e refugiados fazem para gerar sua sustentabilidade, encontrando um espaço seu sem ocupar outros espaços”, afirma o padre Manoel Oliveira Filho, coordenador da Pastoral de Turismo, que presta assistência a refugiados que chegam em Salvador.Mesmo não sendo sírios - como os pergonagem da trama da Globo essas pessoas trazem histórias que terão aspectos retratados na trama, pontua o gerente de programação da TV Bahia, Hugo Brito. “Suas histórias são ricas e cheias de sentimento por terem deixado uma vida (familiares, amigos, bens, etc) na terra natal”, destaca.>
Morador do bairro da Boca do Rio, o venezuelano Josué Alvarez Castro, 36 anos, é um dos expositores da feira. “Faço iogurte grego. As pessoas que experimentaram até agora amaram. Minha expectativa é que as pessoas não conheçam somente o produto, mas percebam que estão beneficiando várias famílias”, assegura. Castro mora em Salvador há um ano e conseguiu trazer a esposa e o filho para cá.>
Antes, ficou um tempo em Manaus.“A situação na Venezuela está muito difícil. Não há remédio e tudo que se encontra lá é caro. O salário básico é R$ 20 e um frango custa R$ 12. Ou a gente sai para procurar outras oportunidades ou nossa família morre de fome”, lamenta.>