Estaleiro Enseada está na disputa por contrato bilionário da Marinha

Por Donaldson Gomes

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  • Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2018 às 04:56

- Atualizado há um ano

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Esperança na Enseada O Consórcio Villegagnon – composto pela Naval Group, Mectron e a Enseada Indústria Naval (EIN) – está entre os nove que apresentaram propostas comerciais à Marinha do Brasil para a contrução de quatro corvetas classe Tamandaré. Embora a o valor do projeto não tenha sido divulgado oficialmente, a estimativa do mercado é de algo em torno de US$ 4 bilhões – o equivalente a R$ 15,5 bilhões, na cotação da moeda norte-americana na última sexta-feira. Há outros oito grupos na disputa. Parado desde que a Petrobras foi abatida pela Lava Jato e suspendeu a contratação de sondas para o pré-sal, o estaleiro Enseada, em Maragogipe, equipado com o que existe de mais moderno para a construção naval, pode retomar suas atividades com o projeto militar que, além da construção das embarcações, prevê a manutenção das mesmas. De acordo com a Marinha, a "short list", com três finalistas,  está prevista para o próximo dia 27 de agosto e a melhor oferta será divulgada no dia 29 de outubro. Agora é cruzar os dedos. 

Baque  Em 2015, quando a construção da sonda Ondina foi suspensa, 65% concluída, o estaleiro Enseada empregava 4,9 mil pessoas.  O empreendimento foi fruto de um  investimento estimado em R$ 3,2 bilhões da Odebrecht, OAS, UTC e da japonesa Kawasaki. Ondina seria a primeira sonda ser fabricada pelo estaleiro. A suspensão do projeto impactou negativamente grande parte das cidades do Recôncavo baiano, afetando principalmente Maragogipe e Salinas da Margarida. Agora, se tudo der certo, a Enseada pode voltar a impulsionar a economia da região. 

Outra perspectiva Outra boa notícia, que também abre uma perspectiva para a economia baiana, foi a retirada do bloqueio cautelar da Petrobras à Odebrecht (proprietária da EIN), no dia 6 de julho.  Agora, a Odebrecht Engenharia e Construção S.A. e a Ocyan S.A. (antiga Odebrecht Óleo e Gás) poderão voltar a participar dos processos licitatórios da petrolífera brasileira.

Pressa no Cimatec industrial Os onze galpões projetados para a primeira etapa do Cimatec Industrial, em Camaçari, já estão todos reservados e a turma que vai utiliza-los está com pressa. O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ricardo Alban, diz que a previsão é que o complexo tecnológico e industrial entre em operação até o final deste ano. "Houve atrasos por parte da contrutora e estamos sofrendo pressão para acelerar a obra graças à demanda de projetos", conta. O Cimatec industrial vai ocupar uma área de 4 milhões de metros quadrados, com laboratórios avançados, grandes usinas piloto, áreas de segurança para testes e operações de risco e até uma pista de teste do setor automotivo. 

Expotech A segunda edição da Expotech Saneantes & Cosméticos, que acontece hoje e amanhã na Fieb, está 25% maior que a edição anterior, comemora o presidente do Sindisabões-Ba, Juan Lorenzo. Este ano serão 41 expositores entre empresas e instituições. Uma das grandes novidades é a presença de fornecedores de equipamentos para produção e envase.  Raul Menezes, presidente do Sindicosmetic-Ba, destaca a oportunidade de melhoria nas condições de produção na indústria baiana.