Evaristo Costa e William Waack terão programas na CNN Brasil

Waack será o âncora de um telejornal diário no horário nobre da CNN Brasil

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  • Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2019 às 13:22

- Atualizado há um ano

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Dois anos depois de deixar a TV Globo para viver um período sabático na Inglaterra, o jornalista Evaristo Costa foi anunciado nesta terça-feira (4) como um dos apresentadores da CNN Brasil. A emissora, que estreia neste ano, anunciou ainda a contratação de outro ex-global: William Waack.

Waack será o âncora de um telejornal diário no horário nobre da CNN Brasil. Análises sobre economia e política e internacional serão o principal foco do jornalista.

 “É uma honra fazer parte desse projeto histórico para o jornalismo brasileiro. É também a realização de um sonho profissional: estar na maior empresa de notícias do mundo”, disse Waack. Waack vai apresentar telejornal diário na CNN Brasil (Foto: TV Globo) Evaristo Costa comandará um programa semanal, apresentado direto dos estúdios da emissora em Londres. Evaristo comandará um programa que misturará jornalismo e entretenimento. 

Waack fora da TV Globo O jornalista William Waack foi afastado da Globo após o vazamento de um vídeo em que fazia um comentário racista. Waack teria ganhado R$ 3,5 milhões da Rede Globo em sua rescisão de contrato.

As informações são do colunista Ricardo Feltrin, do UOL, que afirma que a empresa e o apresentador teriam feito um tipo de “acordo silencioso” para evitar comentários sobre o assunto e evitar recorrer à Justiça.

O colunista explica que Waack teria um salário de R$ 130 mil e ainda dois anos de contrato a cumprir e conta que a Globo teria incluído um valor extra na rescisão "em consideração a Waack".

O caso Um vídeo divulgado em novembro de 2017 mostra William Waack gravando em frente a Casa Branca, nos Estados Unidos, quando um carro passa buzinando e ele reclama. "Tá buzinando por que, seu merda do cacete?”, diz o jornalista, reclamando de uma buzina. Ele diz então para o convidado que está ao seu lado para a transmissão: “Você é um, não vou nem falar, eu sei quem é…” Depois, ele se vira para o convidado e diz: “É preto, é coisa de preto”.

O vídeo foi gravado em novembro de 2016, mas só foi divulgado no ano seguinte. A hashtag #WilliamWaack foi para o segundo lugar entre os assuntos mais comentados do Twitter no Brasil no dia da divulgação do vídeo. No mesmo dia, ele foi afastado da bancada do Jornal da Globo. 

No dia seguinte, dois jovens admitiram ter vazado o vídeo em que Waack se prepara para uma passagem durante a cobertura da eleição de Donald Trump, no ano passado. O operador de VT Diego Rocha Pereira, 28 anos, e o designer gráfico Robson Cordeiro Ramos, 29, afirmaram à Jovem Pan que foram eles os responsáveis por divulgar as imagens. (Foto: Acervo Pessoal) Ex-funcionário da Rede Globo, Diego diz que a equipe de link externo estava se preparando para a entrada de Waack com um consultor - mesmo quando a imagem não está sendo transmitida, os operadores têm acesso a ela. “Tudo aconteceu enquanto a produção estava colocando o microfone nele”, explica Diego. “Eu ainda voltei as imagens para ter certeza, não estava acreditando que ele teria falado aquilo. Fiquei tão revoltado que filmei com meu celular”, disse.

Quem divulgou o vídeo foi Robson. “Soltei o vídeo em um grupo de líderes do movimento negro”, conta, garantindo que a intenção não era necessariamente atingir Waack. “Mas não foi premeditado essa repercussão, a ideia era mostrar para os amigos que um jornalista influente como ele também poderia ser racista”, afirma.