Ex-presidiária é executada dentro de casa; ela estava com tornozeleira eletrônica

Família de Daniela Andrade Santos afirmou que não sabia nem que ela havia sido presa

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  • Nilson Marinho

Publicado em 26 de julho de 2018 às 12:34

- Atualizado há um ano

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Daniela Andrade Santos, 24 anos, foi morta a tiros dentro de casa, na companhia do marido, na Rua Direta de São Marcos, por volta das 3h desta quarta-feira (25). A vítima usava uma tornozeleira eletrônica e, segundo familiares, foi assassinada depois de ter sua casa invadida por homens armados. 

Daniela estava em liberdade, mas os familiares não souberam informar por qual crime ela cumpria a pena - a Polícia Civil informou que ela respondia criminalmente por porte ilegal de arma.

De acordo com o pai, o operador de máquinas Armando Silva Santos, 56, a filha tinha se afastado da família paterna e não mantinha contato, embora recebesse, todos os meses, uma mesada que ajudava na criação do filho de 4 anos.  (Foto: Acervo Pessoal/Reprodução/Nilson Marinho/CORREIO) "Não tínhamos muito contato porque ela preferiu se afastar de todos nós. Eu me separei da mãe quando ela tinha apenas seis meses, mas nunca deixei faltar nada. A última vez que eu tive notícia, fiquei sabendo que ela estava fazendo um curso de manicure", conta. O pai conta ainda que não sabia que a filha havia sido presa e que tampouco usava tornozeleira eletrônica. "Foi uma surpresa pra mim a sua morte e saber que ela tinha sido presa. Não sabíamos de absolutamente nada. Com a família ela sempre foi muito tranquila, mas sabíamos que ela era envolvida com pessoas erradas", admite.    (Foto: Acervo Pessoal/Reprodução/Nilson Marinho/CORREIO) Nas redes sociais, a jovem comemorava a liberdade. Em uma publicação do Facebook, Daniela mostra a tornozeleira presa ao pé, na legenda ela escreveu: "Manda aí, senhor, essa liberdade". 

A Políca Civil informou, através da assessoria de comunicação, que ainda não há informações sobre a autoria e motivação do crime. Daniela usava tornozeleira por ter sido presa em março deste ano por porte ilegal de arma.

No dia seguinte à prisão, segundo a polícia, a Justiça decidiu - em audiência de custódia - que ela deveria cumprir pena em prisão domiciliar.

A morte de Daniela é investigada pela 2ª Delegacia de Homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). 

O DHPP informou que o homem que estava com a vítima no momento de sua morte era Jailson Rosalvo do Santos. Não há mais informações sobre ele, segundo a polícia. 

A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) foi procurada, mas não se posicionou até o momento da publicação da reportagem. 

*Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier