Ex-secretário de Sérgio Cabral é preso novamente no Rio de Janeiro

Estão sendo cumpridois dois mandados de prisõ e seis de busca e apreensão

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  • Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2019 às 06:11

- Atualizado há um ano

O ex-secretário da Casa Civil no governo Sérgio Cabral, Régis Fichtner, foi preso na manhã desta sexta-feira (15), em mais uma fase da Operação Lava-jato, no Rio de Janeiro.

Estão sendo cumpridois dois mandados de prisõ e seis de busca e apreensão. O ex-secretário foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por corrupção passiva. 

Procuradores estimam que Régis teria recebido um total de R$ 1,56 milhão em dinheiro em esquema, de 2007 a 2014. Ele era cotado para dar ''especial atenção para os interesses privados de empresários do setor da saúde, prestação de serviços de alimentação e limpeza, transporte público e construção civil'.

Também foi preso o coronel da Polícia Militar Fernando França Martins – acusado de fazer operações financeiras para o ex-secretário. Fichter já havia sido preso em novembro de 2017, durante a Operação C’Est Fini, mas foi solto.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a nova prisão preventiva foi motivada pelo fato de que, segundo os procuradores da República que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio, Fichtner ainda tem patrimônio ocultado e há indícios de sua atuação para destruir provas.

Ainda de acordo com o MPF, Fichtner era figura central na área administrativa da organização criminosa, supostamente chefiada por Cabral. Os procuradores afirmam que, como chefe da Casa Civil, ele era o responsável por articular os atos de governo mais importantes, “usando de sua habilidade jurídica para buscar saídas minimamente defensáveis”.

A partir dessa posição, ele pode ter feito diversas manobras em favor dos demais membros da organização criminosos, afirma o MPF.

As investigações apontaram ainda que o coronel Fernando França Martins é o responsável por recolher parte da propina recebida pelo ex-secretário. Em informações bancárias, entre 2014 e 2016, houve transferência na ordem de R$ 725 mil do ex-secretário ao coronel.