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Golpistas pedem que as vítimas façam depósitos de R$ 2 mil
Bruno Wendel
Publicado em 12 de julho de 2018 às 19:16
- Atualizado há um ano
O Sindicato dos Engenheiros da Bahia (Senge-Ba) lançou um comunicado no site da instituição, na quarta-feira (11), para alertar os associados sobre um golpe que está sendo praticado por bandidos em Salvador. Os criminosos estão se passando por sindicalistas e já conseguiram enganar, pelo menos, cinco profissionais.
Há pouco mais de duas semanas, estelionatários estão ligando para professores universitários e engenheiros usando o nome dos sindicatos para solicitar depósitos referente à uma suposta causa judicial. As vítimas mais recentes do golpe foram do Senge-BA.
Na manhã desta quarta-feira (11), três engenheiros receberam a ligação de uma mulher informando que houve um ganho de causa referente ao Plano Collor e solicitou um depósito no valor de R$ 2 mil na conta de um advogado, que seria da Senge, como condição para receber o montante.
Segundo o presidente do Senge, Ubiratan Félix, todo os três engenheiros que receberam a ligação chegaram a efetuar os depósitos. “A informação que temos é que um deles já conseguiu resolver o problema”, disse o Félix, que informou em seguida que os criminosos também alteram o telefone do sindicato na página no Google.
Um outro sindicalizado percebeu o golpe. “Um engenheiro que recebeu a ligação não tinha nenhuma ação relativa ao Plano Collor e nos acionou. Então, adotamos as providências necessárias, como a mudança dos telefones e pusemos um comunicado no site, avisamos à imprensa e fomos à polícia”, disse o presidente do Senge, Ubiratan Félix.
Em seu site, o Senge faz um alerta. “Recomendamos que, caso receba esse tipo de ligação, não informe qualquer dado pessoal e entre em contato com o Senge”, diz o aviso. O sindicato registrou uma queixa na 9ª Delegacia (Boca do Rio). Mensagem de alerta no site da Senge-Ba Professores Outras duas vítimas foram da Associação dos Professores Universitários da Bahia (Apub). Segundo a assessoria de comunicação da Apub, há duas semanas, dois professores receberam ligações nos moldes semelhantes às dos engenheiros: uma mulher disse que os professores teriam que depositar R$ 1mil em uma conta, referente à uma causa ganha.
A diferença deste caso para o outro é que os golpistas disseram que a conta para depósito era do advogado da Apub, que passou também a ser vítima, no momento em que teve o seu nome vinculado ao golpe.
Ainda de acordo com a assessoria, dos dois professores que receberam a ligação, apenas um fez o depósito. Assim como o Senge, a Apub pede que qualquer associado que receba ligação com pedido de transação bancária, deve procurar a associação para se certificar do que se trata.
A Polícia Civil informou que casos de estelionato são investigados pelas delegacias dos bairros que atendem às áreas onde houve a ocorrência. O CORREIO ainda não conseguiu contato com o titular da 9ª Delegacia (Boca do Rio), responsável pela investigação do caso dos engenheiros.