Finalmente, acabou: o rebaixamento é o esforço do Vitória recompensado

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  • Gabriel Galo

Publicado em 26 de novembro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Finalmente, acabou. Não se trata mais de improbabilidades matemáticas. Com (de)méritos e (des)honra, o Vitória está rebaixado. Aplausos. Vamos todos nos juntar à grande festa da incompetência que é a gestão rubro-negra.

Sejamos honestos: o rubro-negro se esforçou arduamente para isso. Marcou todos os itens da lista que leva à queda. Treinadores incompetentes premiados, jogadores mimados, má forma física, padrão de jogo inexistente, panela interna para derrubar treinador, diretoria inapta, marketing capenga... Vamos, pois, exaltar a perfeição da derrocada.

Convenhamos, o fundo do poço estava sendo cavado há tempos. Em 2016, Marinho foi contra a maré. Em 2017, fizemos um trabalho mais completo, com direito a pênalti esdrúxulo no fim do jogo derradeiro. Mas a Chapecoense, esta coração-mole, evitou. Já este ano aprendeu-se a lição. O negócio era cair já com antecedência, para evitar imprevistos.

Comemore-se! Viva à estupidez dos incompetentes de caneta! Viva à incapacidade dos beicinhos magoados de uniforme! Levantem seus copos: VOCÊS CONSEGUIRAM! Esta, sim, é uma exemplificação da meritocracia.

E eu entendo a dificuldade que vocês passarão, “gestores” e “jogadores”. De certo, do outro lado, nós torcedores não saberemos entender o que significou tamanho hercúleo trabalho para cair aos porões do futebol nacional. Muitos não prestarão a devida vênia a portentoso labor.

Mas eu não! Comigo é crédito cedido a quem de direito. Percebo, a olhos esbugalhados frente ao terror da injúria, que foram vocês, apenas vocês, os responsáveis por este rebaixamento. Parabéns! Amplifique-se a hashtag da realidade: #RebaixadoComOECV.

No entanto, amparados no esconderijo silencioso dos covardes, aquele onde impera a falta de hombridade, de brio e de vergonha na cara, nada farão. E, olha, talvez seja melhor ficarem aí, no escurinho, levantando suas Champagne em festa. Questão de segurança. 

A torcida, que rompeu com o clube na reta final, desacreditada e desamparada, não está muito a fim de papo, não. O sentimento é de sopa de tamanco na fuça de senhor todo-mundo.

E para não correr o risco de eu não estar sendo claro o suficiente, aqui vai uma sugestão. Monte-se um plano de demissão voluntária, faça-se mutirão, rompam-se contratos na balaiada e se piquem do Vitória. Por falta de adeus, porta da rua, serventia da casa, não será. Peguem suas chupetas e suas muletas e vão para bem longe do Barradão.

Porque o Vitória é muito maior que o ego estupidamente inflado de vocês. Se couber a nós, torcedores, a gente abraça esta instituição mais que centenária e reconstrói. Está no poder e na manutenção da democracia, no ouvir o torcedor, o caminho para o reerguimento do clube.

A torcida é, pois, a razão de existir de um clube de futebol da envergadura gigantesca do Vitória. A vergonha que sentimos do que foi feito neste 2018 nos empurra para longe. Ainda assim, existe a esperança e a certeza: sim, o Vitória voltará a ser grande. Mas certamente não com vocês.

Gabriel Galo é escritor, rubro-negro e quer o Vitória grande de novo.