Fotógrafos se reúnem para registrar imagens do litoral baiano

Quatro profissionais realizam o projeto Expedição Fotográfica Costa da Bahia

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  • Daniel Aloísio

Publicado em 1 de janeiro de 2020 às 06:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Margarida Neide / divulgação

Com 32 cidades, mais de 1,1 mil quilômetros de extensão e incontáveis belezas naturais, o litoral da Bahia, o maior do Brasil, é o local desbravado por cinco aventureiros baianos. Em comum, além da paixão pela fotografia, eles têm o desejo de registrar toda a beleza, diversidade e complexidade da faixa costeira do estado.

Para isso ser possível, desde o dia 28 de novembro, eles estão passando por diversas cidades do litoral. A expedição começou na vila de Mangue Seco, localizada na cidade de Jandaíra, que faz divisa com Sergipe. “Nossa intenção era começar em outubro de 2019 no extremo Sul baiano e ir subindo em direção a Sergipe. Mas com a chegada do óleo nas praias, tivemos que mudar tudo”, conta Enio Luis, idealizador da expedição, que há cinco anos já pensava no projeto.

Fotojornalista de profissão e agora desbravador por necessidade do projeto, Enio foi o responsável por juntar a equipe formada por um cineasta, Ivan Márcio; um social media, Lucas Silva; um fotógrafo que usa drone, Luan Ribeiro, e uma outra fotojornalista, Margarida Neide. “O grupo deu certo, pois todos estão focados no trabalho. A nossa intenção não é parar na Bahia, mas depois ter a oportunidade de fotografar o litoral inteiro do Brasil”, afirma Enio esperançoso. Mangue Seco (Luan Ribeiro/divulgação) A expedição é dividida em três etapas. Na primeira, depois de Mangue Seco, o grupo percorreu todo o litoral norte e finalizou na capital baiana. Agora, a expedição está na Ilha de Itaparica, iniciando a segunda etapa, que só finaliza após eles percorrerem todo o Litoral Baixo Sul e a Zona Cacaueira. Por fim, a terceira etapa será nas cidades litorâneas do extremo Sul, onde vão passar por locais históricos, como a Costa do Descobrimento, em Porto Seguro.

“A nossa ideia é mostrar a beleza que as cidades têm e seus pontos turísticos. O foco maior é no turismo, mas a gente direciona também a outros temas, como a questão histórica e ambiental. Temos observado o avanço das águas do mar na área costeira, por exemplo”, conta Enio.  

Custos Para realizar o projeto, os custos estimados são de  R$ 170 mil. No entanto, o grupo ainda não conseguiu nenhum patrocínio. Todas as despesas obtidas até agora foram custeadas pelo próprio idealizador.

“Já ficamos em hotel, casa de amigos, conseguimos descontos em restaurantes, pegamos carona com os moradores da cidade...", relembra Enio, que vai aproveitar o período que estão na RMS para tentar conseguir um apoio da Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Bahiatursa). “Na segunda etapa em diante, será mais demorada e delicada, pois são várias ilhas. Aí, vamos precisar de um recurso maior. Estamos tentando com a Bahiatursa e vendo como vai ser”, diz.   Devido à falta de recursos, os desafios inerentes à atividade exploratória foram atenuados. O grupo já teve que enfrentar problemas para entrar em áreas particulares, carro atolado e uso de barco pequeno, correndo até risco de vida. “Todo lugar que a gente vai é aventura total. Todo tipo de expedição precisa ter recursos. Quando não têm, vamos na fé, por paixão”, explica.  Para acompanhar as atividades do grupo, basta segui-lo no Instagram pelo @excostadabahia.

*Com orientação do editor Roberto Midlej