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  • Cesar Romero

Publicado em 23 de julho de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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(Foto: Divulgação) A Paulo Darzé Galeria, com o apoio da Fundação Pierre Veger, apresentam ao grande público a exposição Entre Bahia e África, com 55 fotos e uma novo edição do livro Orixás, Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo, com obras de Pierre Verger. Fica em cartaz até 18 de agosto.

A nova edição do livro Orixás, Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo retrata os cultos aos deuses Iorubás nos países de origem, como Nigéria, ex-Daomé - atual Benin, e Togo e no novo mundo (Brasil e Antilhas), para onde os rituais foram trazidos quando da diáspora negra, durante o tráfico de escravos. A publicação reúne 250 fotos e textos destacando as cerimônias, as características de cada orixá, além do descritivo dos arquétipos da personalidade dos devotos dos respectivos orixás. Esta nova edição traz um prefácio assinado por Mãe Stella de Oxóssi, do Ilê Axé Opô Afonjá.

Pierre Verger é dos fotógrafos mais festejados do mundo. Aprendeu a fotografar com Pierre Boucher (1908 – 2000) e em 1932 adquiriu sua primeira rolleiflex.

Verger era etnólogo e antropólogo autodidata, e no candomblé assumiu o nome religioso Fatumbi. Tinha um nome pomposo, Marcel Gautherot Pierre Edouard Léopold Verger, nascido em Paris em 1902 vindo a falecer em Salvador em 11 de fevereiro de 1996. Era um homem simples, afetuoso, que gostava de viajar fotografando e pesquisando culturas, especialmente a afro-brasileira. Apesar de ter se fixado na Bahia, nunca perdeu seu espírito nômade. A história, os ritos e costumes, principalmente a religião praticada pelos povos Iorubás e seus descendentes, na África Ocidental e na Bahia, passaram a serem os temas centrais de suas pesquisas e sua obra.

Passa a viver como um mensageiro entre esses dois polos, transportando informações, vivenciais, mensagens, objetos e presentes. Como colaborador e pesquisador visitante de várias universidades, conseguiu ir transformando suas pesquisas em artigos, comunicação e livros. Em 1960, comprou a casa da Vila América.

No final dos anos 70, ele parou de fotografar e fez suas últimas viagens de pesquisa à África. Em seus últimos anos de vida, a grande preocupação de Verger passou a ser o de disponibilizar o seu estudo e pesquisas a um número maior de pessoas e garantir a sobrevivência do seu acervo. Na década de 1980, a Editora Corrupio cuidou das primeiras publicações no Brasil. Em 1988, Verger criou a Fundação Pierre Verger (FPV), da qual era doador, mantenedor e presidente, assumindo assim a transformação da sua própria casa na sede da Fundação e num centro de pesquisa com a tarefa de prosseguir com o seu trabalho. Mostra imperdível.