Gamil Föppel registra chapa na OAB-BA e promete devolver dignidade à advocacia

Maioria da diretoria será formada por mulheres pela primeira vez, diz candidato

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  • Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 21:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

O advogado criminalista Gamil Föppel registrou nesta sexta-feira, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA), Centro de Salvador, a sua candidatura à presidência da entidade na chapa  Renova OAB 30, que, segundo ele, promete mudar a situação degradante vivida hoje pela advocacia no estado.   Durante o registro, feito às 13h, Gamil destacou o fato de haver, pela primeira vez na história das eleições na OAB-BA, mais mulheres do que homens compondo uma diretoria. 

Gamil também afirmou que sua candidatura não está vinculada a nenhum grupo político e que seu objetivo é resgatar a dignidade dos profissionais. “É inadmissível que após tantos anos com o mesmo grupo no poder não tenham sido tomadas quaisquer medidas para impedir a violação das prerrogativas, ainda hoje a maior reivindicação da advocacia baiana”, afirmou, em uma carta pública direcionada à categoria.“Vou trazer a OAB de volta à sua função, que é cuidar dos advogados e das advogadas, fazendo uma gestão com transparência”, prometeu. A candidata a vice-presidente, Larissa Camandaroba, que atua no Oeste do Estado desde 2004 e, segundo Gamil, “é uma legítima representante do interior”, lembrou que a classe atualmente está mais enérgica e participativa. “Nos últimos três anos novos advogados e advogadas passaram a compor a classe, desejando renovação. Essa juventude é que dará o norte destas eleições, com maior poder de decisão”, declarou ela.

Ainda segundo Larissa, o que mais prejudica o exercício da advocacia no interior “é a ausência de servidores,  juízes, promotores e defensores públicos dispostos a residir nos municípios mais distantes da capital”.

“Este déficit no Judiciário por vezes atrasa o andamento de processos mais simples de resolução”, explica, acrescentando que a falta de câmaras e tribunais de segunda instância mais próximos dos grandes municípios também contribuem para a morosidade da Justiça. 

Outro ponto importante, segundo a advogada, diz respeito às ações de atualização jurídica e entrosamento social entre os advogados, pois a Caixa de Assistência dos Advogados da Bahia (Caab) e a Escola Superior da Advocacia (ESA), por exemplo, têm acesso limitado para promover suas atividades em municípios distantes da capital.

Gamil afirmou que seu projeto não é de poder e que é contra o instituto da reeleição. “Quero contribuir para a renovação da OAB. Somos um grupo novo, jovem. Nunca ocupei nenhum cargo na OAB. E minha primeira medida, se eleito, será tornar pública a situação da instituição, com absoluta transparência. Além disso, pretendo unir novamente a categoria, que hoje reflete o clima hostil em que vivemos no País. Para isso, precisamos de uma gestão técnica voltada para a categoria”, concluiu.