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Governadores do Nordeste reagem às declarações de Bolsonaro sobre o coronavírus

Fórum de governantes da região pede uma ação coordenada nacionalmente contra pandemia

  • D
  • Da Redação

Publicado em 25 de março de 2020 às 17:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Marcos Corrêa/PR

Os governadores dos nove estados nordestinos defenderam a necessidade de "cooperação e coordenação nacional" no enfrentamento da pandemia do coronavírus no país. Os gestores da região se comprometeram a manter e vigor as medidas de isolamento adotadas nos últimos dias.

Um dia após o presidente Jair Bolsonaro ter dito em um pronunciamento em rede nacional que haveria histeria em torno da situação, descrita por ele como "gripezinha" e "resfriadozinho", os governantes nordestinos criticaram o clima de "agressões em brigas". 

"Agressões e brigas não salvarão o País. O Brasil precisa de responsabilidade e serenidade para encontrar soluções equilibradas", defende a carta aberta dos festores estaduais, divulgada nesta quarta-feira, dia 25. 

Os governadores pediram que o foco seja totalmente direcionado à proteção dos empregos e à garantia da sobrevivência da população mais pobre. 

"Ficamos frustrados com o posicionamento agressivo da Presidência da República, que deveria exercer o seu papel de liderança e coalizão em nome do Brasil", acrescentou a correspondência.

Para os governadores nordestinos, este é "um momento de união, de se esquecer diferenças políticas e partidárias" e acrescentaram: "Acirramentos só farão prejudicar a gestão da crise". 

Mobilização

Em reação à radicalização do discurso do presidente Jair Bolsonaro das últimas horas, governadores dos 27 estados decidiram mobilizar-se à margem da orientação federal, de acordo com informações da Folha de S. Paulo.

Uma videoconferência com os chefes dos Executivos estaduais deve ocorrer na tarde desta quarta-feira (25) para debater estratégias de contenção do coronavírus à luz da pressão de Bolsonaro para que o isolamento da população seja flexibilizado.

Governadores começaram a trocar mensagens na noite de terça-feira (24), logo após o pronunciamento do presidente em rede nacional de TV, em que atacou a imprensa, pediu a volta às aulas e mais uma vez minimizou os riscos da doença para a saúde pública.

A gota d´água, no entanto, foi a entrevista de Bolsonaro dada pela manhã em frente ao Palácio do Alvorada, em que o presidente disse que a prioridade deveria ser a retomada da atividade econômica e citou até riscos para a democracia.

Foi esse o fator que levou os governadores a combinarem a reunião, da qual não participarão, a princípio, Bolsonaro nem representantes do governo federal.

Desde o início da crise, o presidente tem tido atitude crítica aos governadores, especialmente os de São Paulo, João Doria (PSDB) e Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), vistos como possíveis adversários na corrida presidencial em 2022.

Em entrevista à TV Record no domingo (22), o presidente chegou a dizer que a população está sendo enganada pelos governadores e em breve descobrirá isso.

A declaração provocou irritação em diversos governadores, que se veem na linha de frente do combate ao vírus e sentem-se boicotados pelo presidente, que estaria preocupado apenas com a situação econômica.