Governo estuda ampliar vacinação da febre amarela

O Ministério da Saúde pretende discutir com os estados e organismos internacionais a possibilidade de ampliar a vacinação de febre amarela para todo o território nacional ainda este ano por conta da circulação do vírus em novas áreas do país. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, apresentou a proposta, ontem, em Brasília. A sugestão será também discutida com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Ao apresentar a proposta, o ministro defendeu que a estratégia de vacinar toda a população deve ser feita de forma gradual, de acordo com as possibilidades dos estados. Segundo ele, se a ampliação for definida, haverá uma programação de vacinação para cada estado.

Atualmente, alguns estados do Nordeste e áreas do Sul e Sudeste do país não fazem parte das áreas de recomendação de vacina, por não apresentarem circulação do vírus. Nesses locais devem ser vacinadas, aproximadamente, 34 milhões de pessoas, sendo 11 milhões nas regiões Sul e Sudeste, além de 23 milhões no Nordeste.

Agora, a pasta estuda incluir todos os estados do país como Área com Recomendação de Vacinação. O Ministério da Saúde aguarda também o  funcionamento da nova fábrica da Libbs Farmacêutica, em São Paulo, que  produzirá mais 4 milhões de vacinas por mês.

De acordo com o ministro, se a ideia for aprovada, a vacina usada será a integral, e não a fracionada. “A ideia é nos anteciparmos ao risco. Vacinar antes do vírus atingir as áreas hoje consideradas livres de circulação”. Entre 1º julho de 2017 e 20 de fevereiro deste ano, foram confirmados 545 casos de febre amarela no país, com 164 óbitos. Ao todo, foram notificados 1.773 casos suspeitos, sendo que 685 foram descartados e 422 permanecem sob investigação.