Identificados autores de ataque com 11 baleados em 'paredão' na Liberdade

Policiamento está reforçado na região da Avenida Peixe desde sábado

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  • Bruno Wendel

Publicado em 16 de outubro de 2017 às 16:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Bruno Wendel/CORREIO

A polícia já identificou os autores dos disparos que feriram 11 pessoas durante uma festa de paredão de som no bairro da Liberdade, em Salvador, na noite de sábado (14). “Temos (os nomes dos autores), mas não vamos divulgar para não atrapalhar as investigações”, declarou o major Ricardo Silva, comandante da 37ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Liberdade).

Entre as vítimas estão uma criança de 11 anos e dois adolescentes, de 13 e 17 anos. O fato aconteceu na Rua da Mangueira, na região da Avenida Peixe. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), cerca de 10 homens chegaram na lateral do palco e iniciaram os disparos, iniciando o tiroteio.

Ainda conforme a pasta, houve um confronto entre integrantes de duas facções rivais. “É uma das linhas de investigação”, reforçou o major, que prefere usar a expressão “grupos ligados ao tráfico” para se referir às facções. Palco onde ocorreu tiroteio com 11 baleados, no sábado, ainda tem marcas de sangue (Foto: Bruno Wendel/CORREIO) Em nota, a assessoria da Polícia Militar informou que desde o momento do crime foram deslocadas equipes de unidades táticas e especializadas para intensificar o policiamento ostensivo da região e evitar outras possíveis situações motivadas por retaliações. No entanto, uma equipe de reportagem do CORREIO esteve no local da ocorrência, na manhã desta segunda-feira (16), em mais de um momento e não encontrou nenhuma guarnição da PM no local.

Questionado sobre o assunto, o major Ricardo Silva reforçou que há policiamento. “As ações estão concentradas na extensão da área. Não podemos trabalhar com o fato de que os autores ainda estão no local esperando a gente. No local do fato, colocamos nossa equipe de inteligência. Trata-se de um trabalho descaracterizado de campo para aprofundar as informações que nos têm chegado”, explicou o major.

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Ainda segundo o major, o policiamento no entorno da Avenida Peixe é feito pelos efetivos das unidades da 37ª CIPM, Companhia Independente de Policiamento Tático (Rondesp/BTS), Gêmeos e Batalhão de Choque.

“Esses grandes feriados têm tendência de aumento de homicídios, mas não tivemos nenhum na área de quarta-feira até a manhã de hoje (segunda). Se não fosse esse fato, passaríamos o feriado tranquilos”, avaliou o major.

Silêncio Na Rua da Mangueira, a maioria das pessoas ainda prefere manter silêncio sobre o que aconteceu. “Eu não moro aqui. Vim visitar uma amiga. Acabei de chegar e não sei de nada”, comentou uma mulher, de camisola, na janela de uma casa, ao ser questionada se sabia de alguma coisa sobre o ataque.“Dormi o dia todo. Nem saí do quarto. Só sei o que todo mundo sabe: que algumas pessoas foram baleadas, e nada mais”, respondeu outra mulher, que mora numa casa em frente ao local do crime.“Para lhe ser sincero, estou sabendo disso agora pela imprensa. Por isso não posso ajudar. Sinto muito”, lamentou mais uma mulher, que caminhava apressada, segurando uma criança.