Indústria alimentícia é a que ganhou mais importância na BA em 9 anos

Setor desbancou área de fabricação de automóveis e entrou nos 4 mais relevantes do estado

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  • Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2018 às 13:13

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

A fabricação de produtos alimentícios foi a atividade que mais aumentou sua participação no total da riqueza agregada pelo setor industrial à economia da Bahia entre 2007 e 2016, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira (21).

Em 2007, quando os dados deste estudo começaram a ser colhidos, a indústria do alimento não estava entre as quatro atividades de maior participação no valor de transformação industrial na Bahia. Nove ano depois, está como terceira atividade mais importante, responsável por quase R$ 1 a cada R$ 10 gerados pela indústria baiana. Os números representam 8,9% de R$ 48,7 bilhões - em 2016, o valor chegou a R$ 4,3 bilhões.

Com o crescimento, a indústria alimentícia passou à frente da fabricação de veículos automotivos, que em 2007 estava em terceiro local e agora não aparece mais entre as quatro primeiras.

No Brasil, a fabricação de produtos alimentícios é a atividade de maior contribuição para o setor industrial financeiramente, quadro que se reproduz em 16 dos 27 estados do país. Na Bahia, a liderança ainda é do setor petroquímico, embora nos nove anos do levantamento tenha tido uma queda. Em 2007, o setor respondia por pouco mais de 1/3 do valor da transformação industrial baiana (36,3%), mas em 2016 esse número é de 27,1%.

A fabricação de produtos químicos aparecia em segundo lugar - posição que manteve. Em 2006, a participação desse setor era de 19% e em 2016 mostrou pequeno aumento, chegando a 19,9%. A indústria alimentícia está em terceiro e em seguida vem a fabricação de celulose e produtos de papel, responsável por 7,2% da riqueza agregada pelo setor industrial em 2016 - em 2007, o percentual era de 6,4%. 

Estas quatro principais atividades concentravam em 2016 um total de 63% da riqueza gerada pela indústria da Bahia, o equivalente a R$ 30,7 bilhões. Todos os demais ramos da indústria juntos somam R$ 14,7 bilhões. 

Fábricas e salários O setor de produtos alimentícios também é atividade que tem mais número de fábricas na Bahia e a que gera mais emprego no estado. Dentre as mais relevantes, no entanto, é que paga em média o menor salário.

Em 2016, a Bahia tinha 5.924 unidades locais de empresas industriais com 5 ou mais pessoas ocupadas, das quais 1.238 eram para fabricação de alimentos (20,9% do total). As indústrias baianas empregavam neste ano 213.760 pessoas, das quais 39.082 estavam na indústria alimentícia (18,3%).

O salário médio pago pelo setor alimentício, contudo, foi o mais baixo entre os quatro ramos de maior peso para indústria da Bahia. A média foi de R$ 1.800, número abaixo da média da indústria como um todo na Bahia (R$ 2.835) e quase 1/10 do salário médio pago pela atividade de fabricação de coque e derivados do petróleo (R$ 10.591), que é o maior entre os ramos industriais de destaque no estado.