Jamille lança seu primeiro EP com presença de feminismo e homoafetividade

Com direção Felipe Guedes, EP será lançado no dia 12, em plataformas de streaming

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  • Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2021 às 00:26

- Atualizado há um ano

. Crédito: Shai Andrade/Divulgação

A cantora e compositora baiana Jamille lança seu primeiro trabalho autoral, o EP "Meu Santo é Forte", nesta sexta-feira (12), em todas as plataformas de streaming, distribuído pela Tratore. O single "Bandida", que abriu os caminhos para o EP, foi lançado em dezembro de 2020. No mesmo dia, será lançado também o site da cantora - jamilleoficial.com - onde ficará disponível o encarte com as letras das músicas, a ficha técnica completa, fotos e links para acesso às plataformas de streaming. Já é possível fazer a pre-save do single através do tratore.ffm.to/meusantoeforte

Com direção geral, produção e arranjos do multi-instrumentista Felipe Guedes, "Meu Santo é Forte" tem cinco faixas que trazem narrativas biográficas da cantora. As composições perpassam por temas como sua relação com Salvador, feminismo, afetividade lésbica e religiosidade: "O 'Meu Santo é Forte" tem como música de abertura uma música que se chama 'Rima e Reza' e do refrão dela que tirei o título do EP. "Essa primeira música fala sobre a minha experiência de estar fora da Bahia durante o tempo que estudei em outros lugares e de como enxerguei Salvador olhando de fora", conta Jamille, que apesar de ter nascido em Salvador foi criada entre as cidades de Feira de Santana e Santa Bárbara. 

A faixa "Umbigo" é um samba de roda bem ritmado e fala de uma história bem conhecida nos interiores baianos: as mães na roça costumam enterrar o umbigo das filhas na terra, no mato, no curral. Umbigo fala destas lembranças e vivências. Em seguida vem "Senhora de mim", em parceria com Ana Paula Albuquerque, que trata dos afetos e da experiência de uma mulher andarilha que quer finalmente um aconchego. "É uma ode ao feminino pelo olhar de uma mulher que estuda e pesquisa o feminismo", afirma Jamille.

As duas últimas músicas do EP, "Manifesto do puro amor" e "Bandida", falam da sexualidade feminina e a experiência de um corpo de mulher que não pretende se submeter ou se calar. "Convidei a produtora Neila Kadhi para fazer os arranjos e a produção dessas músicas. Eu queria ter essa troca com uma mulher inspiradora como ela", conclui a cantora e compositora.