Laboratório do Hospital das Clínicas fica alagado após rompimento de tubulação

Mesmo laboratório foi atingido há dois meses por um incêndio

  • Foto do(a) author(a) Eduardo Dias
  • Eduardo Dias

Publicado em 12 de agosto de 2019 às 19:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Márcio Costa/Arquivo CORREIO

O laboratório de virologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hospital das Clínicas) da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no bairro do Canela, que fica no sexto andar do prédio, está alagado desde a manhã do domingo (11), devido ao rompimento de uma tubulação hidráulica no sétimo andar. No entanto, os atendimentos não foram suspensos e nem alterados. A denúncia foi feita por um funcionário do hospital e confirmada pela assessoria de comunicação na manhã desta segunda-feira (12).

O rompimento ocorreu no sétimo andar, mas a água atingiu o sexto e o quinto andar, onde ficam localizados os laboratórios especializados em pesquisas e exames nas áreas de infectologia, hepatologia, nefrologia e genética, além de funcionar também salas de aula e coordenação do programa de pós-graduação dos cursos de saúde.

No mesmo local, há dois meses, um incêndio atingiu o laboratório de pesquisas relacionadas ao vírus HIV e destruiu pesquisas e equipamentos relacionados ao vírus. Segundo o funcionário, que não quis se identificar, a inundação permanece nesta segunda-feira (12) e os estragos causados no setor de pesquisas geraram prejuízos irreparáveis para os pesquisadores.

"Se já não bastasse aquele incêndio, que destruiu boa parte das pesquisas, agora esse alagamento que deixou muitos equipamentos e documentos perdidos, além de freezers com amostras de pesquisas, que também foram danificados", disse O funcionário informou ainda que, mesmo após um dia do alagamento, o problema ainda não foi resolvido pela direção do hospital.

"Está desde ontem assim, e atingiu o mesmo local onde houve o incêndio. Até hoje não resolveram o problema, as salas estão fechadas e tudo alagado ainda. Procuramos a diretoria do hospital e a resposta foi a pior possível", afirmou. Ainda segundo o funcionário, após o incêndio, em junho, algumas partes do laboratório voltaram a funcionar normalmente, no entanto, outras ainda estão interditadas, e sem previsão de retorno, principalmente a área de infectologia.

De acordo com a assessoria de comunicação da unidade, o rompimento da tubulação hidráulica ocorreu no sétimo andar do hospital, causando o vazamento de água no prédio. No entanto, a população não foi prejudicada pois os atendimentos não foram suspensos e nem alterados.

Ainda conforme a nota, de imediato, a equipe de manutenção do complexo foi acionada para reparar os danos causados. Procurado, o coordenador do laboratório de pesquisas, Carlos Brites, informou que não poderia comentar o assunto a pedido do hospital.

* Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier