Laudo confirma que menino de 7 anos foi estuprado por padrasto antes de morrer

Celso confessou a morte e a ocultação de cadáver, mas negava o abuso sexual

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  • Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 17:41

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/SSP

O laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT), finalizado na tarde desta quinta-feira (31), confirmou que Walter de Jesus Santos, 7 anos, foi estuprado pelo padrasto. A criança foi encontrada enterrada, no dia 23 de janeiro, na cidade de Salinas da Margarida. Celso Pereira Bispo, 42, que foi preso, confessou a morte e a ocultação de cadáver, mas negava o abuso sexual.

O criminoso, que mantinha um relacionamento amoroso com a mãe da vítima, alegou que matou a criança porque a companheira havia falado em separação. Ele foi apresentado à imprensa, na última terça-feira (29), em coletiva no prédio sede da Polícia Civil, situado no bairro da Piedade. Na oportunidade, ele voltou a confessar o assassinato e negou repetidas vezes a informação de estupro.

“Sabíamos dos indícios, mas precisávamos do laudo do DPT para indiciá-lo também por estupro de vulnerável, além de homicídio qualificado e ocultação de cadáver”, explicou o titular da Delegacia Territorial (DT) de Salinas da Margarida, delegado Artur Guimarães.

O garoto Walter de Jesus Santos havia desaparecido na quarta-feira da semana passada (23) e teve o corpo encontrado um dia após o crime, no distrito de Encarnação de Salinas, no mesmo município. Ele foi abusado sexualmente e morto com uma faca, apreendida no local do crime, uma casa que o padrasto usava para trabalhar. Walter tinha 7 anos e foi esfaqueado (Foto: Reprodução) Preso Celso teve mandado de prisão temporária cumprido na noite da última sexta-feira (25).  As suspeitas da polícia recaíam sobre ele, porque, segundo informações, Celso não estaria satisfeito com o fim do relacionamento com a mãe do menino.

Segundo o delegado titular da Delegacia de Salinas, Artur Guimarães, o criminoso acreditava que a esposa pediria a separação, já que mantinha contato regularmente com o ex-marido, com quem divide a guarda de outros filhos.

Esse não é o primeiro assassinato pelo qual Celso responde. Além de matar o enteado, ele também é acusado de matar sua ex-mulher, em agosto de 2012. O crime aconteceu em Muritiba, também no Recôncavo baiano. "Ele a matou porque ela queria tomar a empresa dele", afirmou o delegado.

Apesar da afirmativa, Celso nega ser o autor desta morte. "Não matei a minha esposa. A criança sim, matei. Mas ela, não", declarou ele, que aguardava o julgamento em liberdade.