Lázaro Ramos lamenta morte da tia-avó: 'Minha dinda. Minha mãe'

Ele foi criado por Elenita e batizou uma personagem de livro com o nome dela

  • D
  • Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2021 às 06:49

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

O ator baiano Lázaro Ramos lamentou nesta terça-feira (14) a morte da tia-avó que o criou, Elenita, aos 97 anos. Ele a chamava de Dindinha. "Ela partiu. Meu eixo. Meu esteio. E o eixo de toda a nossa família. 97 anos vividos da maneira mais generosa e alegre que eu pude conhecer. Dindinha foi pro Orum. Não consigo escrever mais que isso hoje", escreveu Lázaro, no Instagram.

"As lágrimas não secam. As lembranças pulam e a vontade de agradecer a ela por tudo o que inspirou na nossa família é o que nos cabe. Obrigado minha ancestral Elenita Sá Barreto Santos. Minha dinda. Minha mãe. Quero lembrar da senhora assim. Sorrindo, fazendo empada ou caruru e sempre com algo sábio ou bom pra oferecer. Quero um dia chegar aos pés da pessoa que a senhora foi", acrescentou.

Em fevereiro deste ano, ele celebrou a vacinação de Elenita. "Essa é Dindinha ou Dona Elenita, minha tia avó que de vez em quando aparece por aqui. Hoje meu primo André levou ela pra se vacinar", escreveu, na ocasião.

No aniversário de 96 anos dela, em junho do ano passado, o ator contou que foi uma das crianças criadas por Elenita. "Por que estou postando este vídeo de novo? Porque quero que vocês mandem um FELIZ ANIVERSÁRIO pra ela, essa mulher incrível que, generosamente, cuidou de tantas crianças - eu fui uma delas - e essa tia avó que é um exemplo para todos nós. É isso aí, galera, hoje é dia dela, então nos dê esse presente, mandando boas vibrações pra tia Dindinha", explicou.

Em 2017, ao receber uma premiação da revista GQ, Elenita foi uma das pessoas que subiu ao palco com Lázaro.  "Esta mulher criou 19 crianças na casa dela. Nunca teve filho de sangue, mas de coração. Tenho muito orgulho de ser filho dela. O meu livro conta essa luta por sobrevivência mas, acima de tudo, a luta pelo direito ao afeto. O livro é sobre afeto, não sobre racismo", disse na ocasião, falando do livro Na Pele.

Elenita é o nome dado a Lázaro à mãe da protagonista no livro infantil Edith e a Velha Sentada.