Mãe e padrasto de Lázaro trabalhavam na chácara de sogro do delegado-geral da PC-DF

Chefe da Polícia Civil diz que "não há nada que desabone" familiares de Lázaro; Delegado diz que mãe do criminoso lamentava envolvimento do filho com crimes

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  • Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2021 às 22:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

Mais de 300 agentes das policiais Civil e Militar do DF e de Goiás, além de agentes da PRF, seguem em busca de Lázaro Barbosa, acusado de matar quatro pessoas de uma mesma família, balear policiais e deixar um rastro de destruição por onde passou na região central do Brasil.    Nesta quarta-feira (15), o  delegado-geral da Polícia Cìvil do DF Robson Cândido falou com a imprensa sobre o caso. Em entrevista ao Metrópoles, o delegado admitiu a dificuldade na captura de Lázaro por conta de algumas particularidades, ainda assim, disse acreditar que a prisão do baiano é uma questão de tempo.Leia mais: Resgate de reféns de 'Serial killer do DF' teve disparos e tensão na mata; Veja vídeo "Ele nasceu e foi criado em um ambiente de fazenda. Trabalhou e circulou a vida toda no mato. Conhece essa região como poucos. Em função dessa circunstância, ele tem conseguido se camuflar na mata, mas sem percorrer grandes distâncias. Capturá-lo será uma questão de tempo", disse.   Na entrevista, Robson Cândido revelou que a mãe e o padrasto de Lázaro trabalhavam na chácara do seu sogro. Segundo o policial, até semana passada, quando Lázaro matou quatro pessoas da mesma família, os familiares do serial killer do DF trabalhavam na chácara do pai da esposa do delegado. A mãe de Lázaro fazia queijos, a partir do leite das vacas criadas no local, enquanto o padrasto do criminoso era caseiro.   O policial elogiou os familiares do criminoso. Ele disse acreditar que Lázaro teve um surto psicótico. "Não há absolutamente nada que desabone a mãe e o padrasto de Lázaro. Mas o fato de conhecê-los, e também ao filho, me permite ter uma compreensão mais aguçada sobre o caso. Lázaro tem antecedentes e, ao que tudo indica, teve um surto psicótico", disse ao Metrópoles.

Segundo o delegado, após os crimes, a mãe de Lázaro foi ouvida pela polícia. Com medo de represálias, ela e o marido deixaram a região, e segundo Robson Cândido retornaram para a Bahia.   "A mãe de Lázaro se queixava de o filho ter se enveredado para o caminho do crime. Mas nunca imaginou que ele seria capaz de tamanha barbaridade", disse o policial.   Ele esteve nesta quarta-feira (16) na região onde a polícia tem buscas intensificadas para encontrar o 'serial killer do DF'. “Não vamos descansar enquanto Lázaro estiver foragido. Alguns dos nossos policiais estão há três dias sem sequer tomar banho. Todos os nossos esforços estão voltados para esta missão”, disse o delegado.

Leia mais: 'Serial killer' faz polícias do DF e de Goiás 'quase como de bobas', diz Ibaneis Acusado de matar quatro pessoas da mesma família em Ceilândia (DF), Lázaro já trocou tiros com policiai, invadiu outra fazenda e fez uma família refém desde então, mas segue foragido. Ele tem um histórico de crimes também na Bahia, em sua cidade natal de Barra do Mendes.

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Crimes Lázaro invadiu uma chácara de uma família no Incra 9, no DF, na madrugada de 9 de junho. Ele matou o empresário Cláudio Vidal, 48 anos, e os filhos dele, Gustavo Vidal, de 21 anos, e Carlos Eduardo Vidal, de 15. Os corpos dos três tinham sinais de tiros e facadas. A polícia diz que a intenção dele era roubar o lugar, mas ele teria sido descoberto e cometeu o crime.

A esposa de Cláudio e mãe de Gustavo e Carlos, Cleonice Marques de Andrade, 43, foi sequestrada pelo bandido, que a levou depois de cometer o crime. Três dias depois, ela foi achada morta, sem roupas, em um córrego da região. 

Depois disso, Lázaro fugiu para a região entre Cocalzinho e Edilândia, no Entorno do DF. Ao longo dos dias em que tem sido procurado, praticou mais assaltos a chácaras na região e baleou três pessoas - incluindo dois policiais que atuavam nas buscas.