Mandetta admite que pode se candidatar à presidência da República em 2022

Ex-ministro da Saúde afirmou que vai respeitar decisões do seu partido, o Democratas

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  • Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2020 às 08:55

- Atualizado há um ano

. Crédito: Isac Nóbrega/PR

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta admitiu que pode ser candidato à presidência da República em 2022. Ele disse que pode apoiar quem o partido acreditar que é um bom candidato. 

"Em 2022, eu vou estar em praça pública lutando por algo em que eu acredito. "Se o Democratas [o DEM, partido ao qual é filiado] acreditar na mesma coisa, eu vou. Se o Democratas achar que ele quer outra coisa, eu vou procurar o meu caminho. Eu vou achar o caminho. Como candidato, ou carregando o porta-estandarte do candidato em que eu acreditar. Mas que eu vou participar ativamente das eleições, eu vou", disse ele à BandNews.

Questionado se seria mesmo candidato, ele respondeu: "A presidente, a vice-presidente".

Mandetta, que já cumpriu dois mandatos na Câmara dos Deputados, descartou a possibilidade de se candidatar como deputado mais uma vez. Ele também fez críticas à polarização política.

"Em 2022, polarização, com certeza, não. Se a gente conseguir um grande acordo, um grande caminho pelo centro democrático —não por esse centro fisiológico aí que está fazendo essa nova base de sustentação [ao governo de Jair Bolsonaro]", afirmou.

"Mas um centro bacana, que respeite as individualidades, que eu não tenha que decidir se o cara é gay, se o cara é hetero, se o cara é alto, se o cara é baixo. Você tem que respeitar as pessoas nas suas questões individuais", continuou. "E promover a revolução de uma década. Porque essa, [de] 2010 a 2020, foi jogada na lata do lixo."

À TV Bahia, o ex-ministro afirmou que sua antiga pasta "se ausentou" do combate à pandemia no país. "Um país sem a participação do Ministério da Saude, que se ausentou, deixando a cargo de Estados e municípios muitas vezes sem o empoderamento técnico necessário essa tomada de decisões que envolve comércio, reabetura, com uma pressão muito grande da sociedade", afirmou.