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Suspenso como atleta, ídolo comandou Mandiyú e Racing entre 1994 e 1995; em 2010, foi treinador da seleção da Argentina na Copa do Mundo da África do Sul
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2020 às 20:26
- Atualizado há um ano
Diego Armando Maradona se tornou um dos maiores nomes mundiais do futebol pelo que fez dentro do campo. Mas também se aventurou na carreira como técnico e, inclusive, comandava o Gimnasia y Esgrima até se afastar para ser operado do hematoma na cabeça, no início do mês. Ele morreu nesta quarta-feira (25), aos 60 anos.
A trajetória do ídolo como treinador começou em um dos seus piores momentos como jogador. Na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, foi flagrado no exame antidoping e recebeu suspensão de 15 meses. A pena, porém, lhe permitia atuar no futebol de outra maneira.
Foi então que Dieguito foi convidado para assumir o Deportivo Mandiyú, time da primeira divisão nacional. Sua estreia aconteceu no dia 3 de outubro de 1994 e, como ainda não tinha licença como técnico, ficou da arquibancada. O time foi derrotado pelo Rosario Central por 2x1. Depois, conseguiu a permissão para ficar no banco de reservas.
Ao todo, Maradona comandou o Mandiyú por apenas dois meses. Após 12 jogos, com apenas uma vitória, seis empates e cinco derrotas, saiu brigado com o presidente Roberto Cruz e reclamando de falta de pagamento.
Em 1995, mais um convite para ser treinador, dessa vez do Racing. Liderou a equipe em duas vitórias, seis empates e três derrotas, enquanto se preparava para a volta aos gramados após a suspensão. Com o fim da punição, voltou ao seu amado Boca Juniors, como jogador.
A terceira experiência como técnico só aconteceu 13 anos depois, após se aposentar como atleta, e foi a mais memorável: a seleção da Argentina. Maradona assumiu o cargo em outubro de 2008, depois da saída de Alfio Basile.
Apesar do furor pelo anúncio do ídolo como técnico, o início foi conturbado e, por pouco, a equipe não se classificava para a Copa do Mundo de 2010. Apesar da turbulência, os hermanos começaram bem a campanha na África do Sul, com uma fase de grupos convincente. Nos três jogos, três vitórias sobre Nigéria, por 1x0, Coreia do Sul, por 4x1, e Grécia, por 2x0.
A Argentina avançou em primeiro e enfrentou o México nas oitavas. Mais um triunfo, dessa vez por 3x1. Mas chegou a hora das quartas e o desempenho não foi animador: goleada de 4x0 da Alemanha. Logo depois, Maradona deixou o cargo.
Ele ainda teve trabalhos pouco expressivos como técnico no Al-Wasl e Fujairah, ambos dos Emirados Árabes, e no Dorados, do México, além do Gimnasia y Esgrima, onde estava desde o ano passado.