Maragojipe: exumação de primeira criança morta é autorizada pela Justiça

Exame cadavérico feito em mãe e uma das filhas não detectou substâncias tóxicas

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  • Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2018 às 17:45

- Atualizado há um ano

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Adriane e filhas, Ruteh (meio) e Greisse morreram em três segundas-feiras (Foto: Reprodução) Após pedido da Polícia Civil, a Justiça autorizou, nesta  segunda-feira (27), a exumação do corpo da pequena Greisse Santos da Conceição, 5 anos, morta em 30 de julho, em Maragojipe, no Recôncavo baiano. A data do desenterramento, no entanto, não foi informada pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Ao CORREIO, família afirmou que procedimento está marcado para acontecer às 10h, no dia 05 de setembro, no Cemitério de Nagé.

Além da criança, sua mãe, a marisqueira Adriane Ribeiro Santos, 23, e a irmã mais nova, Ruteh Santos da Conceição, 2, morreram com sintômas similares, em três segundas-feiras consecutivas - entre 30 de julho e 13 de agosto. A polícia investiga se menina, mãe e irmãs foram envenenadas.

A causa da morte de Greisse, que foi a primeira a morrer, era tida como natural. A Polícia Civil, então, solicitou a exumação realizar laudo cadavérico.  

Tia das crianças e cunhada de Adriane, a funcionária pública Ana Paula Brandão, 35, afirmou que a família continua suspeitando que as três foram envenenadas."Por isso, vai ser importante essa exumação, já que Greisse foi enterrada sem o exame. Eu e meu marido vamos acompanhar [o desenterramento] porque meu irmão [o pai das meninas] está muito abalado, veio morar comigo", disse a tia das crianças.De acordo com a assessoria da polícia, a médica do Departamento de Polícia Técnica (DPT) solicitou novos testes porque não considerou o resultado suficiente para atestar a causa das mortes, já que os laudos preliminares de Adriane e Ruteh não detectaram substâncias tóxicas.

Responsável pela investigação do caso, o delegado Marcos Veloso havia solicitado a exumação na sexta-feira (17).

Conforme o DPT, a exumação é uma perícia dos restos mortais, feito após desenterrar o corpo. O cadáver de Greisse, segundo o DPT, vai ser legado até o Instituto Médico Legal (IML) de um município próximo, onde vai passar por necropsia.

Durante o processo, médicos vão colher, segundo o DPT, o material que julguem necessário para realização do exame tóxicológico, que pode atestar o envenenamento. Ainda de acordo com a pasta, o prazo legal para que o laudo fique pronto é de 10 dias, podem ser prorrogado, conforme necessidade da perícia.