‘Meu pai é burro!’, disse filha de Queiroz; mulher perguntou quando ele fecharia a boca

Promotoria do Rio teve acesso a mensagens que embasam parte da denúncia

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  • Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2020 às 22:22

- Atualizado há um ano

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Foto: Reprodução Em conversas por mensagem às quais o Ministério Público do Rio teve acesso, a filha e a mulher de Fabrício Queiroz criticam o fato de o pai ainda continuar tentando mandar na política mesmo sendo o principal alvo da investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Nathalia Queiroz, a filha, diz que o pai é burro. Márcia Oliveira Aguiar, a mulher, questiona quando ele vai fechar “o caralho da boca dele”.

As conversas estão citadas na decisão judicial que autorizou a prisão de Queiroz na manhã desta quinta-feira, 18, obtida pelo Estadão. Ambas também são investigadas, e Márcia chegou a ser alvo de mandado de prisão, mas está foragida.

Ao encaminhar para Márcia uma reportagem do jornal O Globo que mostrava um áudio de Queiroz falando sobre cargos em Brasília, em outubro do ano passado, Nathália escreveu: “Meu pai não se cansa de ser burro né?”

Márcia respondeu: “Cara, é foda! Não sei cara, quando é que teu pai vai aprender a fechar o caralho da boca dele? Eu tô cansada!”

As conversas não pararam por aí. Nathália, inconformada com a suposta burrice do pai, voltou a mandar textão para a mulher dele, que não é sua mãe.

“Márcia, eu vou te falar. De coração. Eu não consigo mais ter pena do meu pai, porque ele não aprende. Meu pai é burro! Meu pai é burro! Ele não ouve. Ele não faz as coisas que tem que fazer. Ele continua falando de política. Ele continua se achando o cara da política.” Ela diz ainda que, sempre que o encontra, Queiroz insiste em falar em política em nomeações.

Na mesma conversa, Márcia chega a comprar o marido a um “bandido que tá preso dando ordens”, em alusão a criminosos que continuam comandando facções mesmo dentro da cadeia.

Queiroz, por sua vez, reclama de traição ao citar o áudio vazado para a imprensa. Ele afirma que já sabia para quem tinha mandado a mensagem em que cita os ‘mais de 500’ cargos disponíveis em Brasília.