Ministro do STF manda PF fazer buscas em 10 alvos do inquérito das fake news

Um dos alvos de buscas é o general da reserva Paulo Chagas

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  • Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2019 às 08:23

- Atualizado há um ano

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou buscas em 10 endereços de alvos do inquérito que apura supostas fakes news contra seus colegas da Corte. Nesta terça-feira (16), a Polícia Federal está vasculhando 8 locais.

Um dos alvos de buscas é o general da reserva Paulo Chagas. A investigação suspeita que mensagens publicadas pelo militar estariam difundindo crimes contra a honra dos ministros e o fechamento do STF.

Pelo Twitter, Paulo Chagas comentou o mandado de busca e apreensão.

“Caros amigos, acabo de ser honrado com a visita da Polícia Federal em minha residência, com mandato de busca e apreensão expedido por ninguém menos do que ministro Alexandre de Moraes”, afirmou.“Quanta honra! Lamentei estar fora de Brasília e não poder recebê-los pessoalmente.”Em março, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, mandou abrir um inquérito contra ‘notícias fraudulentas (fake news), denunciações caluniosas, ameaças e infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi, que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e familiares, extrapolando a liberdade de expressão’.

Nesta segunda-feira, 15, no âmbito do inquérito, o ministro determinou à revista ‘Crusoé’ e ao site ‘O Antagonista’ que retirassem do ar imediatamente a reportagem intitulada ‘amigo do amigo de meu pai’, que cita o presidente da Corte, Dias Toffoli. A revista repudiou a decisão e denunciou o caso como censura. Alexandre impôs ainda uma multa diária de R$ 100 mil em caso de desobediência.

Além da apreensão de celulares e computadores, Moraes determinou bloqueio das contas em redes sociais dos alvos. “Determino, ainda, o bloqueio de contas em redes sociais, tais como Facebook, WhatsApp, Twitter e Instagram, desses mesmos investigados”, diz o texto. Ele disse que todos devem prestar depoimento.