Moema, Caetano, Jerônimo, Solla: desistência de Wagner cria corrida interna no PT

Reunião da Executiva Estadual na sexta-feira (4) pautará o cenário

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  • Da Redação

Publicado em 2 de março de 2022 às 11:27

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/PT

A desistência oficial de Jaques Wagner (PT) na disputa pelo governo da Bahia em 2022, comunicada na última segunda-feira (28), deixou correligionários e a própria militância petista bastante apreensivos. Internamente, a sigla busca uma solução para o entrave, que requer uma decisão de seguir com candidatura própria ou bater o martelo em apoio ao senador Otto Alencar (PSD), fiel aliado petista no estado, como candidato ao governo. Na próxima sexta-feira (4), o assunto será pautado na reunião da Executiva Estadual. 

Ainda que não haja uma decisão firmada, as forças internas do partido já começaram seus próprios movimentos e indicação de nomes. Numa suposta lista, em que já figura a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, o deputado federal e ex-secretário da Saúde estadual, Jorge Solla, e o ex-deputado e atual secretário de Relações Institucionais, Caetano, soma-se o secretário da Educação, Jerônimo Rodrigues. 

A indicação deste último teria como vantagem a inexistência de ações, investigações ou mesmo rumores criminais em seu histórico, diferente de Moema, que tem lidado com a suspeita de fraude em licitação na compra de tablets para auxiliar na educação municipal, e Caetano, cujo currículo carrega até mesmo a perda do último mandato. 

O presidente estadual do PT, Eden Valadares, confirma a divisão interna sobre os dois possíveis caminhos - candidatura própria ou apoio a Otto. Segundo ele, a situação será arregimentada coletivamente. “Temos uma tradição de construção coletiva, valorização da democracia interna e respeito às instâncias. Vamos aguardar o desenrolar das reuniões de hoje e sexta-feira”, diz. 

Ele alerta que o encontro nesta sexta não é uma data-limite. “não posso nem antecipar qual será, nem cravar que o debate se encerra na sexta. Estamos dialogando com os demais partidos da base, ouvindo, acumulando opiniões, processo natural. Espero que na sexta-feira já tenhamos condições de apontar nossa nova tática eleitoral”, destaca. 

Ritmo próprio Diante das incertezas na base governista, o principal adversário, ACM Neto (UB), tem dito a aliados que não tem necessidade de adiantar o próprio ritmo de definições de alianças este momento. De acordo com a coluna Satélite, de Jairo Costa, Neto decidiu esperar até 2 de abril para ver como as peças no tabuleiro opositor irão findar. A data é o prazo, inclusive, para a renúncia do governador Rui Costa, caso confirme a decisão de disputar vaga no Senado.