Moradores fazem ato pelo Centro de Convenções no Stiep

Desmoronamento parcial completa 1 ano neste sábado (23)

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  • Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2017 às 06:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Almiro Lopes/Arquivo CORREIO

Para lutar contra a saída do Centro de Convenções do Stiep, moradores e membros do trade turístico irão realizar um “abraçaço” na área do antigo Centro, nesse domingo, às 9h. O acidente que derrubou uma parte do equipamento completa um ano neste sábado, sem a divulgação do laudo que analisa a causa do desmoronamento e a situação atual da estrutura.

A estimativa da organização é que cerca de 10 mil pessoas participem do “abraçaço”. O governo do estado, responsável pelo equipamento, prevê a construção de um novo Centro de Convenções no Parque de Exposições, em uma área de 250 mil m², com um complexo de negócios que contará com torre de hotéis, shopping e uma torre empresarial.

Para a contadora Elenize Viana, 57 anos, o equipamento não deve mudar de local, principalmente pela ação que tem como vetor socioeconômico e social. Ela conta que chegou no bairro há 35 anos e que o sinal de desenvolvimento da região era o Centro de Convenções.

O presidente da Associação Brasileira de Indústria de Hotéis – Bahia (Abih), Glicério Lemos, defende que o "abraçaço" é uma oportunidade para o governo abrir diálogo com o trade turístico. “É preciso se conduzir para uma saída que não prejudique nenhum setor do trade. Com a saída do Centro de Convenções do Stiep, muitos bares, restaurantes, empresas de turismo e hotéis irão sair prejudicados”, defendeu.

Com o local fechado desde o acidente, as diárias médias de hotéis no entorno sofreram uma redução, segundo a Abih. Em 2015, o preço médio era de R$ 210; em 2016, R$ 200 e, em 2017, R$ 183.

Uma outra fonte do trade turístico, que preferiu não se identificar, explicou que a categoria só conseguirá se recuperar quatro anos após a inauguração do Centro de Convenções, que teoricamente seria em 2024, caso as obras no Parque de Exposições cumpram o calendário. 

“Essa é uma década perdida. Para captar eventos de grande porte para o Centro, são necessários cinco anos de antecedência para vender. Se não está sendo captado, ainda que se construa e se reforme, vamos precisar de quatro anos. As pessoas, quando vão escolher seus destinos, querem uma cidade com infraestrutura hoteleira, segurança e Centro de Convenções. Ninguém quer correr o risco e nem ser cobaia em hotéis novos, sem um feedback de outras pessoas”, explicou.