Morre MC Reaça, músico que compôs canções de apoio a Bolsonaro

Polícia diz que o rapaz de 25 anos cometeu suicídio

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  • Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2019 às 20:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/Facebook

O cantor Tales Volpi Fernandes, o MC Reaça, morreu na noite de sábado, 01, em Valinhos (SP), aos 25 anos. O velório e o enterro do funkeiro, que se tornou conhecido após compor jingles em apoio à campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, aconteceram neste domingo, dia 02, na cidade de Indaiatuba.

Em seu perfil no Instagram, Jair Bolsonaro lamentou a morte do MC Reaça e prestou condolências à família: "Tinha o sonho de mudar o país e apostou em meu nome por meio de seu grande talento. Será lembrado pelo dom, pela humildade e por seu amor pelo Brasil", escreveu o presidente na rede social, como legenda para uma foto do funkeiro.

A morte do MC Reaça foi comunicada oficialmente pela família do músico no perfil do cantor no Facebook. O corpo do rapaz foi encontrado na noite de sábado, no Km 116 da Rodovia Dom Pedro (SP-065). Segundo a Polícia Civil de Valinhos, a Polícia Militar foi acionada para atender a situação e no boletim de ocorrência registrou como causa da morte "possível suicídio".

Violência doméstica

Ainda segundo o B.O, no local onde estava o corpo de Tales Volpi também foram encontrados uma motocicleta, uma mala de roupas e R$ 602 em dinheiro.

A Polícia Civil de Valinhos também informou ao site G1 que no sábado foi registrado um outro boletim de ocorrência em que MC Reaça aparece como suspeito de ter agredido a namorada. A vítima teria sido encaminhada para o Hospital Augusto de Oliveira Camargo, em Indaiatuba, com edemas na face e no olho, além de fraturas no maxilar. A ocorrência foi registrada como lesão corporal e violência doméstica.

Letras polêmicas

MC Reaça ficou conhecido por compor letras polêmicas e que ofendiam políticos e grupos sociais. No funk "Proibidão Bolsonaro", por exemplo, ele dispara ofensas contra o ex-deputado Jean Wyllys e contra os políticos Jandira Feghali, Luciana Genro e Ciro Gomes.

Outro trecho do funk diz ainda: "Dou pra CUT pão com mortadela e para as feministas, ração na tigela. As minas de direita são as top mais bela, enquanto as de esquerda têm mais pelo que cadela".