Motorista de conversível: 'Andar de biquíni e dar beijo na boca virou constrangimento?'

Engenheiro criticou arquiteta por se incomodar com cena que deu origem a barraco no Leblon: 'recalcada'

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  • Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2020 às 14:59

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Foto: Reprodução A vida do engenheiro de produção Wilton Vacari Filho, 31 anos, mudou na última sexta-feira (25) após se ver como um dos protagonistas do barraco que virou assunto no Brasil neste fim de semana. Ele era o motorista do conversível que levava duas mulheres pelas ruas do Leblon, área nobre do Rio.

As moças eram duas amigas dele, Priscilla Dornelles e Sheila. Wilson ia para casa e deixaria as mulheres numa outra localidade. No trajeto, decidiram passar na Rua Dias Ferreira “para ver o movimento”.

Com o trânsito parado, as amigas dançavam e se beijavam dentro do possante quando, incomodada, a arquiteta Aline Cristina Araújo Silva, 37, resolveu arremessar garrafas d’água no carro “apagar o fogo” do trio."Andar de biquíni e dar beijo na boca virou constrangimento agora? No mundo atual, ver duas mulheres se beijando ou um beijo triplo é a coisa mais normal do mundo. Ninguém ali estava criticando a gente. Ela é uma recalcada, ficou com ciúmes de duas mulheres lindas se divertindo", disse Wilton em entrevista ao jornal Extra.Em suas redes sociais, o engenheiro se apresenta como Wil, tem quase cinco mil seguidores. Ele conta que a repercussão do episódio em nada afetou sua vida social, tanto que o trio seguiu para uma boate logo depois do acontecido.

"Acordei no dia seguinte com meus amigos de Londres me mandando os vídeos (com as cenas da confusão). Confesso que fiquei assustado. Não consigo responder todo mundo. Tem mais de mil mensagens", conta.

Assim como Priscilla e Sheila, Wilton pretende processar Aline por difamação.

"Essa história é lamentável, expôs a minha imagem graças a um casal desequilibrado. Ela tinha uma chance de se redimir no dia seguinte, pedindo desculpas. Mas preferiu comprar uma briga inventando coisas que eu jamais faria em público, dizendo que minhas amigas são garotas de programa sem ao menos conhecê-las. Aliás, elas trabalham e dividem comigo a conta do bar", explicou.

Versão de Scheila Agora conhecida como uma das moças que passeou de biquíni em um conversível pelo Leblon, no Rio de Janeiro, Scheila Mack publicou um vídeo dando sua versão dos fatos e dizendo que não se arrepende do tapa que deu na arquiteta Aline Araújo, depois que essa jogou uma garrafa de água nas suas costas. "Apanhei, revidei. Tô certa? Eu acho que eu tô. Eu tenho certeza de que não mereço apanhar à toa", diz ela. "Eu não bati à toa". 

O episódio aconteceu no final de semana e movimentou as redes sociais depois que vídeos com a cena viralizaram. As imagens mostram Scheila descendo do carro e dando um tapa na arquiteta. Depois, ela volta correndo para o conversível e um homem a segue e puxa a parte de cima do biquíni dela. 

A arquiteta afirmou que as três pessoas do carro - além de Scheila, a amiga dela, Priscilla Dornelles, e o amigo Will Vacari - estavam fazendo "preliminares" como se estivessem em um "vídeo pornô". Ela alegou que agiu porque estava com crianças na mesa de um bar e considerou um atentado ao pudor.

Scheila nega essa versão e diz que todos que viram o vídeo poder constatar que houve somente um beijo. "Sexta à noite, saindo do pós-praia, estávamos de biquíni sim, porque moramos na praia. Curtindo nossa vibe, nossa onda, tínhamos bebido. Estávamos de capota aberta, o carro é conversível. Conversando, dando risada, com som alto. Quando passamos em uma rua mais movimentada e escuto uma garota falar assim: 'Vagabunda'. Olhei pro lado e ela com a maior cara de deboche me manda um beijo. Achei desnecessário, dei até risada, falei 'Será que ela quer participar?'.", começa ela.

O carro andou mais um pouco - foi quando as coisas pioraram. "Não satisfeita de não ter conseguido chamar minha atenção ela taca uma garrafa d'água nas minhas costas, bem na hora que eu estava abaixada mostrando o celular para Will. Tanto que eu estava no banco de trás e os dois na frente. Tudo que ela falou sobre orgia, não tem... É só assistir o vídeo, fatos são fatos, não teve isso", ressalta.

Scheila diz que ficou muito nervosa ao receber a garrafada. "Levei a garrafada nas costas, olhei diretamente pra ela, porque já sabia que era ela, porque ela já tinha mexido comigo. Ela no maior deboche me manda outro beijo. Como não tenho sangue de barata, na hora minha reação foi pular do carro. Só que pulei e não sabia o que ia fazer, pulei porque fiquei com muita raiva, não aceito apanhar de graça. Quando pulei, ela fez assim para mim: 'Vem'. Eu fui. Revidei. Apanhei, revidei. Tô certa? Eu acho que eu tô. Eu tenho certeza de que não mereço apanhar a toa", diz ela.

Ela também garantiu que acertou o tapa em Aline - no vídeo que fez após o incidente, a arquiteta diz que conseguiu se desviar. "Bati, bati sim, ela não se esquivou não, tá? Bati com força e foi um tapa bem dado. Quando vi um homem levantou da mesa, a mesa tinha um monte de homem e que me lembre um adolescente, não eram duas crianças. Quando ele levantou, já pra me bater, eu já saí correndo, pulei no carro. Ele veio e conseguiu tirar parte do meu biquíni. E foi isso que aconteceu", relata

Scheila encerra o vídeo provocando, insinuando que Aline ficou com inveja da cena que viu. "A parte do vídeo que vocês veem é a parte que a gente já tá andando, ela já tinha me xingando, já tinha me afrontado... Só quero ficar em paz, quero que ela fique em paz também. Não tenho raiva dela. Minha querida, um beijo pra você. Espero realmente que você tenha paz de espírito e consiga se encontrar nessa vida para não ter inveja dos outros. Se seu objetivo for o que a gente tava curtindo, o que a gente tava passando, um dia você chega lá", diz.

Processo Scheila não cita intenção de processar Aline - nos vídeos que gravou, e depois apagou, a arquiteta diz que Scheila e Priscilla seriam "moças da vida" e "drogadas". Priscila e Will já afirmaram que tomarão medidas legais.

"Só pra constar, sou engenheiro da Petrobras concursado, não pago mulher. Minhas amigas são mulheres que trabalham, e se sustentam. Não banco ninguém porque não preciso disso", disse Will ao colunista Léo Dias, da Metrópoles. "Os vídeos estão circulando nos meus grupos de trabalho e isso mancha minha imagem perante a minha empresa. Vou processar a arquiteta e o homem covarde que agrediu Scheila dentro do meu carro. Fui lesado. Até minha avó recebeu esses vídeos”, revolta-se. Arquiteta disse que estava com crianças e se incomodou com cena "inapropriada" (Foto: Reprodução) Ele disse que é normal passear com amigas no seu conversível. “Sempre ando de carro com a capota aberta com as minhas amigas, pra mim é uma coisa natural, quem é meu amigo ou me acompanha no Insta sabe que eu faço isso toda semana. Vim beijando uma, depois outra, depois elas se beijavam. Coisa mais que normal para sociedade de hoje em dia. Faço isso toda semana grande, jamais iria passar no Leblon, onde sou cria, fazendo cenas obscenas ou preliminares. Foi o que a menina achou de desculpa pra tentar aliviar um pouco o erro dela”, diz.

Priscilla disse que foi difamada. “O que ela fez foi difamação. Não sou garota de programa e nem a Scheila. Will não nos contratou, ele é nosso amigo. Estávamos nos divertindo. Passamos a tarde andando de barco e na volta para casa resolvemos passar para ver o movimento naquela rua. Vou entrar com um processo por calúnia e difamação" garantiu. “Tudo o que ela falou é mentira. Não teve gesto obsceno. Eu e Sheila nos conhecemos ontem e rolou apenas uns beijos e só. Eu sou estudante e trabalho com um aplicativo de live”.