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Na Bahia, candidatos a deputado federal doam R$ 1,6 milhão para suas campanhas


 

  • Luan Santos

Publicado em 02/10/2018 às 05:00:00
Atualizado em 18/04/2023 às 23:23:05
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Oitenta e cinco candidatos a deputado federal na Bahia já doaram cerca de R$ 1,6 milhão para suas próprias campanhas nas eleições deste ano. O número de  postulantes na lista de doações equivale a 17% do total de 503 concorrentes à  Câmara dos Deputados. Levantamento feito pela Satélite com base nas informações  do DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral, aponta que o líder do ranking é o  empresário Fabrício Figueiredo (PDT), que doou, até ontem, R$ 335 mil para a  própria campanha. O valor corresponde a 20% do montante de autodoações feitas  pelos demais candidatos na Bahia. Figueiredo declarou R$ 1,8 milhão em bens à  Justiça Eleitoral. Em seguida aparece o deputado estadual Zé Neto (PT), que tenta  chegar ao Congresso a partir de 2019. O petista doou, até agora, R$ 170 mil para a  própria campanha.

Em terceiro está o deputado federal Elmar Nascimento (DEM), que bancou R$ 140 mil de sua campanha em busca da reeleição na Câmara. O top five tem os também deputados federais Antonio Brito (PSD) e Claudio Cajado (PP), com R$ 130 mil e R$ 120 mil, respectivamente.

Custo integral Dos 85 candidatos apontados no levantamento, 21 estão bancando integralmente as próprias campanhas. Ou  seja, todas as receitas disponíveis que declararam até agora à Justiça Eleitoral são fruto  das próprias doações. Outros 22 postulantes até tiveram outros colaboradores, mas têm nos próprios recursos as maiores fontes de receita. Entre os 33 candidatos à  reeleição, nove fizeram autodoações.

A lei permite O TSE permite que os candidatos banquem suas próprias campanhas, desde que respeitem o teto para o cargo ao qual disputam. No caso dos deputados federais, o limite determinado pela legislação é de R$ 2,5 milhões. 

Menos grana Os municípios baianos tiveram uma queda de receita em setembro. Os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para as 417 cidades do estado reduziram quase 3,3% em relação ao mesmo mês de 2017. Este ano, o valor repassado foi de R$ 509 milhões, contra R$ 526 milhões em 2017. 

Articulação  O prefeito de Euclides da Cunha, Luciano Pinheiro (PDT), se movimenta para  disputar novamente a presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB), cuja  eleição ocorre no início do próximo ano. Derrotado em 2017 pelo atual presidente,  Eures Ribeiro (PSD), Pinheiro tem conversado com prefeitos, de partidos governistas e da oposição, e tenta se viabilizar para a disputa. “Continuo com a mesma amizade com os prefeitos. Vou continuar conversando com o máximo que puder”, contou. 

Retorno Os senadores baianos voltam ao Congresso na próxima terça-feira para o retorno  dos trabalhos na Casa após as eleições. Na pauta estão dois projetos do governo federal, entre eles um que viabiliza a privatização de distribuidoras de energia. "No Brasil, o sistema tributário é altamente complexo, repleto de siglas e sobreposições e, o pior, é altamente concentrador de renda e injusto, ao beneficiar os mais ricos e impor uma pesada taxa tributária nos produtos, o que compromete muito mais a renda dos mais pobres", Enio De Biasi, diretor da DBC Consultoria Tributária, ao afirmar que, no Brasil, o princípio da base tributária é o mesmo em relação aos países desenvolvidos, ou seja, as mesmas bases são tributadas – renda, patrimônio e consumo. Acontece que, “nas nações desenvolvidas, a tributação é simples, direta e transparente”