Na Espanha, Anitta fala sobre bissexualidade: 'Realidade há mais de dez anos'

Ela contou também que sua família sabe da sua sexualidade desde a adolescência

Na Espanha para divulgar seu novo disco, Kisses, a cantora Anitta falou também sobre sua sexualidade em entrevista para o site Shangay publicada nesta quinta-feira (11).

"A bissexualidade é uma realidade para mim há muito tempo, há mais de dez anos. Escolhi a maneira correta de compartilhar isso, porque não queria contar diretamente à imprensa. Poderiam ter utilizado isso como quisessem. Os meios de comunicação estão sempre buscando cliques e polêmicas. Talvez tivessem tratado o tema de uma maneira que não fosse respeitosa”, explicou a cantora.

Ela contou também que sua família sabe da sua sexualidade desde a adolescência. "Meus pais e meu irmão sabem desde que tenho 13 ou 14 anos. Todos vivem tranquilo, com normalidade. Tive muita sorte com minha família. Não é como se minha mãe adorasse isso, mas sempre me amou como sou e me respeita. Meu irmão não encarou tão bem na adolescência, porque às vezes eu roubava algumas de suas pretendentes (risos)", brincou a cantora.Anitta aparece no clipe de Sin Miedo, música nova, beijando a si mesma e também outras mulheres. Apesar de falar abertamente do seu interesse por mulheres, a carioca conta que nunca teve um relacionamento mais longo com uma. "É verdade que nunca tive uma relação duradoura com uma mulher... Ou não me lembro (...). Só quero que as pessoas vejam isso como algo normal", diz.

Questioonada sobre a violência contra os LGBTs no Brasil, Anitta citou o presidente Jair Bolsonaro e disse que a postura dele sobre o assunto preocupa. "Meus amigos gays no Brasil têm medo do que pode acontecer, mas sabemos que somos muito fortes. As pessoas que votaram em Bolsonaro votaram pensando nas mudanças que poderia fazer na economia, na educação e na luta contra a violência. O problema existe quando vemos que temos um presidente com preconceitos. Também me preocupa muito o meio ambiente – que não se cuide das florestas amazônicas. Temos que cuidar do nosso mundo, seja gay, rico, pobre, religioso ou não", defende.