O Havaí é aqui? Passeios de canoa havaiana devem ser a moda do Verão soteropolitano

Veja onde e quanto custa praticar a modalidade em Salvador

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  • Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2021 às 07:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Paula Froes/CORREIO

A empolgação de Tatyanna Hayne, de 37 anos, dava pistas que aquela era sua primeira vez na canoa havaiana. Bem, não era. Desde 2018, a jornalista faz aulas de canoagem. Parou por conta da pandemia e retornou agora. O encantamento de quem vê o mundo com olhos de criança se justificava: após o confinamento compulsório, sentir de novo o vento no rosto, os raios de sol no corpo, tudo isso em mar aberto, nas águas calmas da Baía de Todos os Santos, era como um reviver: “É um sentimento de entrega, de conexão com a natureza, principalmente de manhã cedinho e no pôr-do-sol.  A gente se conecta muito com o divino”. 

No Porto da Barra, sob um céu azul de Verão (mesmo que ainda seja primavera), Tatyanna e mais uma dezena de moças se reúnem em frente ao forte Santo Antônio para uma volta em uma das muitas canoas havaianas que já podem ser vistas flutuando em nossas praias. Aulas e passeios da modalidade prometem ser a mania da próxima estação para quem gosta de atividades e esportes náuticos. De origem polinésia, esse tipo de embarcação possui um flutuador lateral que confere estabilidade, podendo transportar várias pessoas ao mesmo tempo. Energia que contagia (Foto: Paula Fróes/CORREIO) Em seu clube de canoagem, Clóvis tem 70 alunos, a maioria, mulheres. Quem mais o procura para os passeios de canoa havaiana é também o público feminino. Para ele, isso ocorre “porque a mulher gosta da dupla sol e mar”. O educador físico garante que os benefícios da atividade para o corpo são muitos, pois trabalha ombro, abdômen, braços e pernas, tonifica o corpo e emagrece. “E não é uma atividade difícil, ainda mais com esse visual da Baía de Todos os Santos”, acrescenta.

Além das aulas de canoagem, as pessoas buscam os passeios de canoa havaiana em ocasiões especiais, como aniversários ou para se reunir com os amigos. É possível levar comida, bebida e ainda dar um mergulho no mar. “Depende da vontade do cliente”, conta Clóvis, que faz um treinamento básico com os participantes, antes de levá-los ao passeio. Paisagem é um diferencial (Foto: Paula Fróes/CORREIO) Eles recebem noções básicas: um pouco de técnica de remada, como segurar o remo, se posicionar na canoa e remar de forma sincronizada. O trajeto também depende do interesse do grupo que contrata o serviço. Saindo da Barra, o mais longe que o condutor leva é até o forte São Marcelo. São 5km de ida e mais 5km de retorno. Quem preferir, pode fazer o passeio próximo aos navios ancorados. Há, ainda, quem vá para contemplar o pôr-do-sol. 

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Yoga, protocolos e a emoção da primeira vez 

A instrutora de yoga Bárbara Affonso, 37, decidiu unir o agradável ao mais agradável ainda. Antes do passeio de canoa havaiana, ela realiza aulas de yoga com as participantes, uma forma de preparar o corpo para a remada. No deck debruçado para o mar, em frente ao Farol da Barra, os movimentos de vinyasa flow (o estilo que ensina) chamam atenção de quem passa. Barinha, como é mais conhecida, aos poucos vem deixando as aulas online e retomando o presencial.

“Ainda não me sinto à vontade para dar aula em ambiente fechado, com ar-condicionado. Esse projeto com a canoa foi a forma que encontrei de voltar ao presencial. Mas é tudo controlado. Exigimos comprovante de vacinação, além do uso de máscara”, ressalta ela, que fez sua formação na Austrália. A distância entre os assentos da canoa é de, pelo menos, 1,30m, o que garante uma maior segurança aos praticantes, quanto ao coronavírus.  Priscila Rausch (Foto: Paula Fróes/CORREIO) De máscara, Priscila Rausch, 31, não parecia desconfortável ao realizar os movimentos indicados pela instrutora. Mas, não escondia a ansiedade para entrar no mar, em sua primeira vez na canoa havaiana. “O braço cansa um pouco de remar, mas a yoga como aquecimento ajudou. Não fiquei com dores. É bem diferente, super prazeroso e renovador de energias”, relatou já em terra firme, após degustar uma tigela de açaí.  

A experiência com o passeio também era inédita para a médica Priscila Neri, 25. Já tão acostumada a estar na parte de concreto da cidade, no mar, ela se deparou com uma nova perspectiva: “Fizemos uma yoga na canoa, a saudação ao sol, curtimos o pôr-do-sol e paramos para tomar um banho de mar. É uma sensação de leveza muito grande. Traz muita calma, muita paz. Parece que todos os nossos problemas ficaram na terra. A gente consegue ver a imensidão do lugar onde vive, admirar quão bonito é”. Temos o nosso próprio Havaí. Priscila Neri (Foto: Paula Fróes/CORREIO) SERVIÇO

*Extreme Canoa Club Cube de Canoagem, Porto da Barra

Passeios aos fins de semana, feriados e todos os dias no pôr-do-sol com banho de mar e história da Baía de Todos os Santos

Contato para informações e reservas:  Clóvis Nunes de Oliveira - 71 98137-5141

Preço R$ 70/pessoa

*Canoa Bahia Escola de Canoagem, Praia da Preguiça

Passeios aos domingos, feriados e todos os dias no pôr- do-sol

Contato para informações e reservas:    Mariana Lima - 71 99282-1680

Preço:   R$ 50/pessoa 

*Kaiaulu Va’a Clube de Canoagem, Praia da Preguiça 

Passeios todos os dias no pôr- do-sol

Contato para informações e reservas:  Lorena Lago - 71 99212-1086

Preço:  R$50 a R$60/pessoa