O streaming além da Netflix: serviços disputam espaço no mercado

Globoplay, HBO, Amazon Prime Video e PlayPlus anunciam novidades

  • Foto do(a) author(a) Laura Fernades
  • Laura Fernades

Publicado em 26 de janeiro de 2019 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Depois que a Netflix abriu as portas do mercado do streaming, uma série de serviços de vídeo sob demanda começou a surgir para disputar espaço com a gigante do audiovisual que acaba de ser indicada ao Oscar. Quem gosta do assunto, portanto, pode preparar a pipoca e a companhia do sofá, afinal o ano de 2019 promete ser de investimento e novidades que vão além do catálogo da Netflix.

A Globoplay, por exemplo, sua principal concorrente no Brasil, promete disponibilizar cerca de 100 produções até o final do ano. Entre as séries internacionais, estão The Big Bang Theory e Young Sheldon, que estrearam ontem, e a premiada The Handmaid’s Tale. Entre os nomes nacionais, estão a segunda temporada de Ilha de Ferro, a quarta temporada de Sessão de Terapia e a estreia de Shippados, com Tatá Werneck.

“A Globoplay não tinha nenhum conteúdo que não fosse da TV Globo. A grande mudança aconteceu nos últimos meses. O cinema nacional começou a entrar em maio e em agosto chegaram as séries internacionais. Nos próximos três meses, será uma avalanche de conteúdo que dará uma cara completamente diferente à plataforma”, prometeu o presidente- executivo da Globoplay, João Mesquita, em entrevista recente à Folha de S. Paulo.

A ideia é estrear, em média, uma série por semana na maior plataforma de streaming nascida no Brasil, por onde trafegam 20 milhões de pessoas. Além das anunciadas, outras oito séries internacionais compradas no ano passado vão estrear na Globoplay, em 2019. Os nomes ainda estão em segredo, mas sabe-se que a série The Good Doctor teve seu licenciamento na América Latina comprado pelo Grupo Globo e as duas primeiras temporadas já fazem parte do catálogo.

Novidades Além das novidades da Globoplay, a Disney anunciou que vai lançar seu próprio serviço ainda este ano, assim como outros estúdios de cinema, entre eles a Warner. Diante dos poucos detalhes divulgados, existem especulações que o serviço Disney+ vai desenvolver séries originais derivadas de X-Men para a sua plataforma.

Já a Amazon Prime Video promete a estreia de Good Omens, comédia com David Tennant e Michael Sheen inspirada no livro de Neil Gaiman. Enquanto isso, a HBO segue com títulos aguardados no mundo todo, como a última temporada de Game of Thrones, que estreia em abril, e a sequência da premiada Big Little Lies, que está de volta com Meryl Streep no elenco.

Criada há menos de seis meses, a plataforma PlayPlus também entrou na briga pela audiência. Além do conteúdo veiculado regularmente em canais como Record TV, ESPN e Disney, o streaming oferece conteúdos exclusivos como Terrores Urbanos e Pais da Nova Era, com Marcos Mion. Outra novidade é o retorno da série Jaspion e um programa de Xuxa para crianças.

Liberdade de escolha Se a variedade de serviços é farta, os custos para o consumidor são altos: quem assinar cinco plataformas ao mesmo tempo gastará, pelo menos, R$ 150 por mês. Por isso, a disputa segue firme pela fidelidade do espectador que viu no streaming a “liberdade de escolha”, destaca Alessandro Malerba, diretor de OTT (sigla referente à transmissão de TV pela internet) do PlayPlus.

"É legal juntar a família e ver algo na frente da TV, com tela grande, mas a gente sabe que na correria do dia a dia muitas vezes você se atualiza no consultório, no ônibus, na rua. Se o conteúdo estiver preso à TV tradicional, aquele potencial cliente vai buscar em outro lugar", destaca Gabriel Ricardo Hahmann, diretor de vendas no Brasil e América Latina da Irdeto, empresa líder mundial em segurança para plataformas digitais.“O streaming trouxe um salto de qualidade de conteúdo que fez da tecnologia um sucesso mundial em pouco tempo”, elogia Alessandro Malerba.O diretor do PlayPlus destaca, ainda, que o serviço de vídeo sob demanda "conseguiu romper paradigmas geracionais". "O streaming conseguiu produzir discussões relevantes, fazer com que as pessoas refletissem mais a respeito de fatos por meio da gama de informação de alto nível disponível. Estamos todos aprendendo. Toda disruptura traz coisas boas", acredita.