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Paulo Marcelo pregou por anos no congresso Gideões Missionários da Última Hora, vitrine para líderes pentecostais
Publicado em 23 de fevereiro de 2022 às 09:24
- Atualizado há um ano
Convocado pelo PT para intermediar o diálogos com os evangélicos, o pastor Paulo Marcelo Schallenberger entregou ao ex-presidente Lula, nesta semana, um projeto que se baseia a inclusão da legenda nas igrejas. Os evangélicos representam uma importante parcela do eleitorado responsável pela consagração da vitória do presidente Jair Bolsonaro em 2018.
O documento cita estratégias para "trazer para entrevistas pastores que foram beneficiados no governo do PT" e incentivar menções de "atos dos governos anteriores que beneficiaram a igreja evangélica".
Paulo Marcelo fala ainda em grupos de WhatsApp, e destaca que isso não deve ser feito para "divulgar conteúdo de ataque, para não gerar pauta de vitimismo, já que essa é a estratégia do atual governo".
Segundo o pastor, o esboço do projeto foi entregue a Lula por Moisés Selerges Júnior, presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC.
Paulo Marcelo aponta a necessidade de reverter rótulos que, em sua visão, são impingidos por má-fé ou ignorância à sigla. A visão a ser construída, de acordo com o pastor, é a de que isso não é verdade. Mas ele faz a ressalva de que líderes religiosos não poderão "interferir nas escolhas individuais". Ou seja, não devem fazer lobby para que o Estado impeça essas uniões de acontecerem, no exemplo em questão.
"A igreja pode pregar no seu Evangelho que não aceita [o tema], mas não posso exigir que o restante da sociedade seja como nós. Tenho que respeitar para ser respeitado", disse o pastor à Folha.
Paulo Marcelo pregou por anos no congresso Gideões Missionários da Última Hora, uma espécie de vitrine gospel para líderes pentecostais do Brasil.