Pesquisa encontra contaminação em 90% de saladas vendidas em fast food

Estudo feito em São Paulo, pelo Centro Universitário UniMetrocamp Wyden, encontrou altos níveis de coliformes fecais

Publicado em 29 de junho de 2018 às 14:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Shutterstock/Reprodução

Você está andando no shopping e resolve parar para comer em alguma lanchonete. No cardápio, hambúrguer, sorvete, batata frita e, em meio a tantas guloseimas, uma salada. Tentando ser saudável, é ela que você escolhe. Seria uma boa decisão, porém, há um detalhe: de acordo com o estudo realizado pelo Centro Universitário UniMetrocamp Wyden, de Campinas, no estado de São Paulo, 90% das saladas vendidas em estabelecimentos fast food vêm contaminadas por bactérias e coliformes fecais.

As pesquisadoras Milene Almeida, Tamires Teixeira e Jacqueline Camargo, todas da área de biomedicina, analisaram 20 amostras de saladas prontas e encontraram níveis dez vezes mais altos do que o permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de 100 unidades de coliformes por grama do alimento.  

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Dessas 20 amostras, 12 eram de restaurantes delivery, que entregam os alimentos em casa, e oito de lanchonetes estilo fast food. Desse total, 18 continham mais bactérias e coliformes do que o normal.  Apenas dois tipos de saladas delivery foram liberadas para consumo, mas as marcas não foram divulgadas.

Os micro-organismos encontrados podem causar diversos problemas no corpo humano, desde complicações gastrointestinais até doenças pulmonares. Um dos que foram encontrados em maior número foi a Escherichia coli, indicador de contaminação fecal – tanto por fezes de animais quanto de humanos. Outra bactéria perigosa achada na pesquisa foi a Pseudomonas aeruginosa. Uma única amostra tinha mais de 1 milhão de unidades do organismo microscópico.

“A gente quer chamar a atenção das pessoas que comercializam esses produtos. Não é só lavar, tem que saber higienizar a salada muito bem”, aponta a microbiologista Rosana Siqueira, professora que coordenou o estudo. 

Segundo Rosana, tudo o que vem do solo contém bactérias, pois muitas vezes a água de irrigação não é potável e os agrotóxicos são muito fortes. “É importante lavar bem as mãos, usar luvas para manipular os alimentos, tomar cuidado com tábuas, não esquecer de higienizar os utensílios”, recomenda a professora. Siga o Bazar nas redes sociais e saiba das novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, decoração e pets: